[RODAPÉ] Cobalt Man: um exemplo de ativista que pratica justamente o que diz combater

Cobalt Man é um daqueles personagens que poderia ter tido um grande futuro (ou pelo menos um futuro decente) e se perdeu pelo caminho… e mais de uma vez. Bem, ele não começou tão altruísta, mas se estrepou do mesmo jeito.

Ralph Roberts foi criado por Roy Thomas e Werner Roth em 1967 (mais precisamente em X-Men (1963) #31 (abril/1967)), para ser um inimigo dos X-Men. Não, ele não era mutante (nessa época não havia essa preocupação “obrigatória” no caso dos X-Men, ainda mais que os mutantes não conseguiam emplacar sua série regular, sempre com risco de cancelamento). Era um cientista (como era comuníssimo nos quadrinhos dos anos 1960… hehe), especializado em pesquisa de radiação de cobalto!

Hmmm… e, obviamente, como era também lugar-comum nos tempos da Guerra Fria (principalmente nos anos 1960), Ralph Roberts queria usar suas pesquisas com fins militares. Só que, em vez de pensar em uma bomba nuclear, ele pensou em uma armadura movida a radiação por cobalto (?!).  Isso tinha sua razão de ser, porque ele fora um empregado de Tony Stark (Iron Man, se você não sabe) no passado, trabalhando com ligas de cobalto – que ele queria usar para criar uma nova armadura. Como Stark se recusou a compartilhar os segredos da armadura de Iron Man com Roberts, ele pediu demissão e resolveu continuar sua pesquisa de forma independente (simples assim).

Aí temos que ele desenvolveu a armadura, mas tinha um problema não resolvido: após usar a armadura por duas horas, acontecia uma sobrecarga nuclear e a armadura explodia… como uma bomba. Mesmo assim, seu irmão Ted, então paquerando Jean Grey, resolveu simplesmente passear com ela no laboratório de Ralph (simples assim… ah, como se era inocente e descuidado… hehe). Obviamente a coisa ia dar errado, e foi o que aconteceu, Ralph quis demonstrar sua armadura e a radiação interna interferiu com sua mente, deixando-o enlouquecido – ele resolveu então se vingar de Tony Stark!

Os X-Men e Iron Man derrotaram Cobalt Man, e Ralph voltou a seu juízo…por um tempo.

Ralph já havia decidido deixar a guerra de lado, e resolveu usar sua armadura para exploração subterrânea, planejando chegar ao centro da Terra. Mais uma vez deu errado, com ele sendo obrigado por Tyrannus a construir um modelo gigante de sua armadura para derrotar o rival Mole Man. Os X-Men se meteram e resolveram a situação mais uma vez.

E aí chega o ponto onde queríamos: o momento do ativismo político. Roberts recebeu um diagnóstico médico sombrio: a radiação do cobalto o tinha envenenado, e ele tinha mais ou menos um ano de vida. Como legado de sua vida, ele resolveu deixar uma mensagem à humanidade, dizendo que as pesquisas nucleares deveriam ser interrompidas… e o que ele iria fazer para passar essa mensagem? Destruindo uma metrópole (com milhões de habitantes), ora!!!???!!!

Sim, é a velha história do “vamos combater o fascismo praticando atos fascistas”… “vamos combater preconceito sendo preconceituosos ao contrário”… ou “vamos combater a violência com protestos violentos”… e por aí vai. Há quem enxergue lógica cartesiana nesse tipo de ativismo catártico, com efeitos interessantes… eu não enxergo assim, mas… vá lá… hehe

Ralph Roberts escolheu a cidade de Sydney, na Austrália, que acabou sendo salva pelo Hulk. E, aparentemente Roberts morreu em uma explosão… mas isso se mostrou outra “maldição”, afinal, ele sobreviveu a várias explosões, retornando para enfrentar outros heróis e/ou vilões, sempre com manipulação mental e a mensagem radical antinuclear usando explosões nucleares… hehe

É uma coisa interessante que a tal ameaça de morte por radiação dentro de 1 ano foi cancelada pelas explosões? Como se explica? Ninguém explicou, porque o personagem foi retornando sem explicação e muitas vezes sem ser ele mesmo (Tony Stark se disfarçou de Cobalt Man para se infiltrar nos Thunderbolts e até um skrull se disfarçou dele). Até que o verdadeiro Cobalt Man voltou para morrer de novo (e, aparentemente, não voltar mais).

Cobalt Man estava na explosão de Stamford (aquela que deu origem à Civil War, causada por Nitro, o Homem-Explosivo, mas que jogou a culpa da morte de mais de seiscentas crianças para os jovens heróis New Warriors). Curiosamente, anos depois, Speedball (que foi o único sobrevivente dos New Warriors na explosão e por isso sofreu grande remorso) foi ameaçado pelos Cobalt Men, que diziam ser ligados às vítimas de Stamford – derrotados, nenhum deles tinha qualquer ligação com as vítimas da explosão (eram paus-mandados de Norman Osborn, o vilão de Spider-Man que estava comandando a HAMMER [sua versão da SHIELD] na época).

Cobalt Man poderia ter usado suas experiências anteriores para realmente empreender uma guerra contra as pesquisas nucleares, como se fosse um “vigilante da causa” – isso poderia resultar em plots interessantes! Mas nem dá para reclamar de que “outro roteirista” deturpou a caracterização original de Roy Thomas, pois foi o próprio Thomas quem escreveu a história contra o Hulk (publicada em Incredible Hulk (1959) #173-174 (março-abril/1974), com arte de Herb Trimpe), que foi a história da ameaça a Sydney!

Eu sempre enxerguei esse enorme potencial de Cobalt Man, até mesmo se regenerando e se mantendo mentalmente estável e trabalhando com Tony Stark ou os Avengers ou coisa parecida, mesmo sem ser um “vigilante ativista”… mas, o personagem foi aparentemente descartado. Agora, como ele volta da morte com certa frequência, quem sabe na próxima ressurreição aproveitam melhor o personagem?

Fontes:

Revistas referidas

Official Handbook of the Marvel Universe

Wikipedia

“Como uma deusa”… a verdadeira primeira mutante do Universo Marvel?

Durante a Copa da Rússia, fizemos um Umbigo Coletivo sobre Selene, a Black Queen, considerando que ela era uma personagem do tipo que “pode tudo, mas é sempre derrotada” – em suma, uma personagem com caracterização vaga, mas superpoderosa – um clichê de “supervilão definitivo”, mas que sempre se deixa derrotar por um detalhe. Porém, como o Umbigo Coletivo é uma série de posts mais rápida e espontânea, deixamos de lado um veio de análise ainda maior para ser explorado – e é o que vamos ver aqui agora.

De fato, Selene foi criada por Chris Claremont e Sal Buscema de uma forma bem genérica mesmo – era uma mutante adorada como deusa em uma colônia esquecida de Roma (Nova Roma) no meio da Amazônia, descoberta pela mãe de Sunspot (que era arqueóloga, por coincidência), em um arco de New Mutants (1983). Claremont tinha grandes planos em longo prazo para a personagem, que se tornaria um dos principais inimigos dos New Mutants e envolveria até mesmo ligações familiares com um dos membros da equipe – Magma (aliás, esse arco foi feito para introduzir as duas personagens). Porém, os roteiristas que assumiram a revista depois de Claremont foram tendo outros planos e a coisa se perdeu, assumindo outros rumos.

Por essa razão, Claremont definiu que Selene era uma mutante que era adorada como deusa (da mesma forma que acontecia com Storm, dos X-Men)… mas, mais adiante, acrescentou que ela tinha uma rivalidade multimilenar com o feiticeiro Kulan Gath. Acontece que Kulan Gath era um feiticeiro da era hiboriana (sim, a era de Conan e Red Sonja)… que é situada na cronologia Marvel em 12.000 anos antes de Cristo. Ora… se ela já existia nessa era, então o primeiro mutante a surgir na cronologia do Universo Marvel não foi Apocalypse (que apareceu na era da Civilização Egípcia – ali em 6.000-5.000 anos antes de Cristo), certo?

A constatação não teve lá tanta força, porque Kulan Gath foi para o limbo editorial (depois que a Marvel perdeu os direitos de Conan e Red Sonja) e a Marvel resolveu trilhar outros rumos com a personagem – o roteirista Fabian Nicieza até mesmo fez um retcon (depois desfeito por Claremont), dizendo que Nova Roma era uma farsa, criada por Selene para ser adorada como deusa. Mas, graças à descrição inicial da personagem, feita por Claremont, era uma deusa com poderes diferentes da “original”…

De fato, existiu uma deusa Selene na mitologia grega – era a deusa da Lua, filha dos titãs Hipérion e Geia, e que tinha como características a sabedoria, a onisciência e a beleza dos cabelos – como todas as divindades do Sol e da Lua dos panteões antigos, ela percorria a abóbada celeste com uma carruagem (simulando os movimentos da Lua). Mas Selene era uma divindade “menor”, que logo foi substituída por outras mais “fortes”: Ártemis e Hécate, com as quais alguns estudiosos atribuem uma forma de “trindade”. No entanto, dessas 3, apenas Selene era deusa exclusiva da Lua – e, talvez por isso, não tenha tido uma base de adoração muito grande: parece que houve apenas um culto organizado (e masculino) de Selene na Frígia, uma região da Anatólia (atual Turquia) que, na verdade, contribuiu muito para a mitologia grega com seus próprios deuses, que foram “miscigenados”.

Então, como se pode ver, a Selene “real” nada tinha a ver com a dos quadrinhos, e não seria a primeira vez que Claremont fazia isso – aliás, isso era uma prática que vinha desde outro roteirista importante, Roy Thomas: seu grande conhecimento literário fazia com que usassem nomes de personagens de obras literárias ou mitológicas que “soassem bem” para seus personagens de quadrinhos.

Claremont queria que Selene fosse uma mutante que pretendia se tornar uma deusa de fato – ou que atuara como uma deusa no passado e pretendia resgatar essa condição. Além disso, Selene era uma grande feiticeira (e daí sua rivalidade com Kulan Gath) e isso levava ao mesmo problema que se tem, até hoje, com Apocalypse: o que é a mutação e o que é magia ou tecnologia avançada?

No caso de Selene, parece que o fato de ser uma “vampira psíquica” seria seu poder mutante… mas não se tem certeza disso. No entanto, é uma habilidade mostrada por outros mutantes do Universo Marvel. Selene precisa, portanto, absorver a “energia psíquica” de outros humanos para se nutrir e se manter jovem. Se a absorção for completa, a vítima se torna uma pilha de pó… se for incompleta, ela pode controlar mentalmente sua vítima.

Selene também pode hipnotizar outras pessoas (o que pode ser místico), além de controle absoluto sobre a estrutura molecular de objetos inanimados (hein?!!). Depois, até mesmo chegou a demonstrar um poder de se transformar em energia sombria (a “darkforce” do Universo Marvel), e realizar várias proezas – o que foi abandonado. Isso sem falar dos encantos e feitiços que pode conjurar, sendo que muitos desses poderes e habilidades anteriores podem ser místicos ou resultados de sua mutação… quem sabe?

Ah sim, afora isso, ela também possui o pacote de superpoderes básico de aumentos de força, agilidade, resistência, vigor e velocidade. Ou seja, pode quase qualquer coisa. Como uma vilã desse jeito pode ser derrotada (e o é com frequência)? E, com tudo isso, para quê teria a obsessão de se tornar uma deusa?

O roteirista Fabian Nicieza pareceu tentar resolver a questão de quem era o primeiro mutante – para isso, criou o conceito de Externals – mutantes milenares que são imortais ou têm habilidades que permitam reviver ou sobreviver por longuíssimos períodos. Selene era um deles e, pensava-se que Apocalypse também seria (ou seja, abria-se a possibilidade de ele ser mais antigo que o que se pensava). Mas o roteirista Jeph Loeb acabou com a esperança, ao revelar que Apocalypse não era um External e, para completar, o roteirista Terry Kavanagh mostrou que o vilão realmente surgiu durante a Civilização Egípcia (contou até a origem de En Sabah Nur, o futuro Apocalypse, em uma minissérie chamada Rise of Apocalypse (1996))! A confusão continuava, e não importava muito, pois definia-se Apocalypse como o “primeiro mutante” e ponto final.

Apenas mais recentemente, no evento Necrosha (2009), é que os roteiristas Chris Yost e Craig Kyle revelaram que Selene não só existia na era hiboriana, como ainda antes disso – situaram sua origem na Europa Central, em 17.000 anos antes de Cristo, um pouco depois da submersão da Atlântida! Então, a menos que exista algum External mais velho que isso, ela é a “primeira” mutante do Universo Marvel (Apocalypse sofreu um retcon bizarro recentemente em que parece retomar a primazia, tendo regredido até a Pré-História, mas para fazer isso, ele estava no presente – eu disse que era bizarro… hehe).

Necrosha (2009) também concretizou o antigo sonho que Selene tinha de se tornar uma deusa, mas, como sempre, um detalhe fez com que conquistasse essa condição e logo depois a perdesse. Desde então, vem tentando se manter em posições de poder (inclusive dentro do governo americano).

Mas há um detalhe que não foi mais retomado – e poderia render situações interessantes. Lembra quando falamos que o culto a Selene nunca foi popular na Antiguidade? No Universo Marvel, parece que isso foi diferente porque, inclusive, Selene chegou a Nova York e se tornou membro do Hellfire Club (como a Black Queen) porque alguns membros do Hellfire Club faziam parte de um culto que a adorava! Ora, onde está esse culto em Nova York? Foi dizimado, ainda existe? Nenhum roteirista retomou isso (até os Externals já voltaram)… quem sabe agora? hehe

Fontes:

Revistas referidas

Official Handbook of the Marvel Universe

Wikipedia

 

A verdadeira motivação de Red Skull

Algum tempo atrás abordamos este tema lá na coluna Umbigo Coletivo, que fazemos no Facebook, mas resolvi retomá-la e expandir um pouco mais a discussão aqui, e vamos falar de Red Skull – qual é a verdadeira motivação por trás deste que é um dos grandes vilões do Universo Marvel? Apenas reviver o totalitarismo nazista? Hmmm… não, vai muito além disso. Aliás, isso sempre foi apenas um meio para se chegar a outro fim, assim como tantos outros.

O grande objetivo de Red Skull sempre foi chegar ao poder absoluto. Ah, mas alguém pode dizer que isso é uma generalidade, afinal todo supervilão de primeiro escalão quer isso, certo? Bem, não exatamente. Por exemplo, no caso de Thanos, que é niilista, o grande objetivo é agradar sua amada – a Morte. Vejamos o caso de Magneto, em seus arroubos de vilão, o que ele procura? Apenas defender os mutantes, em uma visão quase messiânica. E o caso de Doctor Doom? Além de satisfazer seu próprio ego, ele quer defender seu próprio povo e país, mesmo com uma visão distorcida. E o que dizer de Apocalypse? Ele quer apenas que os mais fortes sobrevivam. Ou mesmo Ultron, qual é o objetivo dele? Erradicar as formas de vida orgânica – simples assim.

Então, como se pode ver, a coisa não é tão genérica assim. E, para chegar a isso, Red Skull sempre usa o cosmic cube, certo? Errado. Até mesmo o cérebro do Professor X ele já usou, isso sem contar várias vezes em que usou apenas fortunas ou prestígio político para conquistar seus objetivos. E essa é uma característica que está lá, incrustada na caracterização do personagem, desde o início.

Aliás, até mesmo os substitutos de Red Skull tinham o mesmo objetivo. Falando nisso, muita gente acha que Red Skull apareceu na primeira edição de Captain America Comics, lá em 1941, mas não é exatamente verdade. Havia um Red Skull lá, mas não era o que conhecemos e vemos em geral (Johann Schmidt) – era o americano George Maxon, um empresário simpatizante do nazismo que liderava uma rede de espiões. Esse Red Skull “morreu” na segunda aparição, na edição #3 (coloquei entre aspas porque ele ainda retornou uma outra vez, para morrer de fato). Porém, na edição #7, lá estava Red Skull de novo… como? Era o “verdadeiro”, Johann Schmidt – o qual era o chefe de sua versão americana.

Red Skull era então um vilão megalômano clássico, personificando o inimigo da vez dos EUA… Nos anos 1940, era o nazismo. Nos anos 1950, em um relançamento de Captain America, era o comunismo. Então já fica claro aí que Red Skull, seja Maxon ou Schmidt, estava preocupado com o que ele apostava lhe daria poder absoluto (ou totalitário) – fosse o nazismo, fosse o comunismo.

Nos anos 1960, Stan Lee e Jack Kirby fizeram um retcon – segundo o qual Captain America e Red Skull desapareceram no final da Segunda Guerra Mundial e foram mantidos em animação suspensa, desde então, sendo revividos nos anos 1960 (tratamos desse retcon em detalhes em um post exclusivo aqui no blog, lá atrás… um dos primeiros posts). Então o Captain America e o Red Skull dos anos 1950 não eram os originais, certo? Exato, o Captain America era William Burnside, que depois se tornou o vilão Grand Director. E o Red Skull era Albert Malik, ex-KGB… que também queria usar uma ideologia para chegar ao poder absoluto (lembra algumas pessoas reais que conhecemos? certamente…). Malik morreu, mas acabou sendo ligado à morte dos pais de Peter Parker (Spider-Man).

Embora as histórias da Marvel dos anos 1960 ainda explorassem bastante a Guerra Fria e a ameaça dos comunistas, Stan Lee preferiu retirar Red Skull desse contexto e fazer com que se tornasse novamente um defensor do nazismo, mas a ideia era caracterizá-lo como sendo “puro mal”. Red Skull teria até sido escolhido por Hitler ainda adolescente, como um mensageiro de hotel que fora desafiado a matar outra pessoa e o fez friamente. A mensagem era clara: o nazismo era o mal em seu estado puro.

Porém, não era bem isso que o próprio Stan Lee apontava quando usava Red Skull em suas histórias com o cosmic cube – no qual o vilão procurava o quê? O poder absoluto. Ele não usava o cosmic cube apenas para fazer o mal, ele usava para se tornar um governante absolutista da realidade. Simples assim.

E assim a coisa foi progredindo – seja como líder da Hydra, ou como chefão do submundo, ou como empresário milionário (tanto nos EUA [usando um corpo clonado de Steve Rogers, Captain America] quanto na Rússia pós-URSS, habitando o corpo do megaempresário Aleksander Lukin), ou como o militar de alta patente americano Dell Rusk, ou ainda até mesmo com uma parte do cérebro do Professor X implantada no seu próprio cérebro, se tornando o maior psíquico do Universo Marvel. Vê-se aí claramente que Red Skull pega o que tem à mão para assumir o controle total de seus “súditos” (o mundo livre).

Embora se possa até dizer que Red Skull pratica o mal para conquistar seus objetivos, não se pode contestar que, quando ele chega lá, seu objetivo se torna apenas se manter no poder – que é o que todo político ambicioso quer, em seu “projeto de poder”. Mas, uma vez instalado no poder, a preocupação de Red Skull é se manter por meio do autoritarismo/totalitarismo ou, no caso do cosmic cube e/ou do cérebro de Professor X, até mesmo por meio de controle da realidade e/ou mental, respectivamente.

Isso ficou mais claro quando se “expandiu e atualizou” a origem de Red Skull, na minissérie Red Skull (2011) (setembro/2011-janeiro/2012), por Greg Pak e Mirko Kolak, em que se mostrou que o jovem Johann Schmidt, vivendo na miséria e desesperança da Alemanha pré-nazismo, ainda tinha boas intenções e otimismo, até que viu como o sistema funcionava e decidiu estar do lado “vencedor” para chegar ao topo. Não se trata de uma humanização do vilão, mas simplesmente da demonstração de uma mudança gradativa de atitude não apenas por causa da “influência do ambiente”, mas porque já havia a essência do mal ali.

Opa, então Stan Lee estava certo? Talvez em conceito, mas não em execução. Red Skull não precisa praticar o mal para chegar a seus objetivos (embora geralmente o faça) e não precisa continuar fazendo isso depois que o conquista – é só ver que ele usou vários outros mecanismos além dos ideológicos para chegar onde queria, como os meandros dos grandes negócios ou até mesmo as entranhas das Forças Armadas. E nunca é demais lembrar de Captain America ou “Cap Hydra”, no megaevento Secret Empire (2017), em que o próprio Red Skull foi morto (mais uma vez) pelo “Cap Hydra”, que assumiu o poder totalitário dos EUA… e uma parte da população o apoiou… onde está o mal (para esse grupo)? Ok, em certa altura do evento, foi dito que agentes psicoativos de controle mental estavam sendo inseridos no fornecimento de água, mas uma parte da população apoiava de livre e espontânea vontade. Mais uma polêmica real para se pensar em casa… hehe

Fontes:

Official Handbook of the Marvel Universe

Wikipedia

Revistas Referidas

[Listas] Principais inimigos de Wolverine – 012

Vamos conferir os principais inimigos de Wolverine. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

049 – RED RIGHT HAND (primeiro confronto: Wolverine (2010) #1 (novembro/2010))

A Red Right Hand era um grupo de vítimas (diretas ou indiretas) de ataques ou ações de Wolverine que guardavam ódio e sede mortal por vingança do mutante canadense. Liderado por um idoso que atendia pelo codinome Founder, foi esse grupo que conseguiu mandar a alma de Wolverine para o inferno. Esse feito foi conseguido quando um demônio se aproximou de um dos membros, de codinome Husband, e acertou um pacto. Nesse pacto, a alma de Wolverine iria para o inferno enquanto um demônio possuiria o corpo de Wolverine na Terra e eliminaria seus parentes e amigos. Assim foi feito, e surgiu o “Hellverine” (o demônio comandando o corpo de Wolverine), que passou a assassinar amigos e parentes do herói. “Hellverine” só foi detido quando Ghost Rider e Hellstorm realizaram um ritual para trazer a alma de Wolverine de volta do inferno.

Mesmo assim, a Red Right Hand continuou atuando por meio de outros agentes, e com os mesmos objetivos, agora de torturar Wolverine em vida. Os principais agentes da Red Right Hand eram agora os mercenários do grupo Mongrels, que passaram a perseguir os amigos e parentes de Wolverine, até que finalmente veio o confronto final, no qual Wolverine matou todos eles. Porém, o grande remorso viria quando o Founder revelou que todos os Mongrels eram filhos de Wolverine que ele desconhecia. Para torturar ainda mais Wolverine, a Red Right Hand impediu que ele se vingasse dela em fúria ao promover seu suicídio coletivo diante dos olhos do mutante. Todos os membros da Red Right Hand que se suicidaram foram para o inferno, o que praticamente acabou com a organização, mas nunca se pode descartar que tenham sobrado membros em outros locais ou que mesmo parentes e amigos do grupo original se reúnam para formar uma nova versão da organização.

050 – WINSOR (primeiro confronto: Wolverine: The Best There Is (2011) #1 (fevereiro/2011))

Não se conhece o nome real de Winsor porque ele assassinou sua mãe e os médicos e enfermeiros presentes no momento do parto. E, de fato, ele mesmo quase não sobreviveu. Isso aconteceu porque ele nasceu com a capacidade de ser supercontagioso (não se sabe se isso era um poder mutante que se manifestou no nascimento – se não era, não se sabe porque não matou a mãe durante a gravidez). Após isso, só se sabe que ele foi “adotado” por Doctor Doom e levado para a Latveria, onde cresceu em um orfanato para crianças especiais. Aprendendo a controlar seus poderes infectantes por meios científicos e místicos, Winsor também aprimorou seus poderes, podendo infectar qualquer coisa com agentes diferentes, desenvolveu seu próprio fator de cura e impossibilidade de sentir dor e também adquiriu um terceiro olho “espiritual”. Depois de um tempo, Winsor começou a ter planos grandiosos – ele queria eliminar toda a vida no planeta Terra, criando um supervírus letal. Para começar a desenvolver seus planos, primeiro matou todos os seus “irmãos” e cuidadores do orfanato e saiu pelo mundo.

Anos depois, Winsor desenvolveu uma fortuna considerável, teve um filho (chamado Flip) e passou a se dedicar à pesquisa desse supervírus. Para isso capturou superseres com fatores de cura acelerados ou outras características que os aproximavam de serem impossíveis de matar para estudá-los e testá-los – o tal supervírus onipotente deveria ser capaz de matar até mesmo os seres mais resistentes. Esse grupo de superseres (muitos vilões) foi chamado de Unkillables, e Wolverine foi capturado para ser um deles. Inicialmente, estavam enganados para ser uma equipe escolhida especialmente por Winsor para encontrar e resgatar um artefato místico para curar o filho deformado de Winsor. Porém, o real objetivo foi se revelando e os Unkillables, com auxílio dos X-Men e de Flip, conseguiram matar Winsor. Resta saber se isso é definitivo.

051 – LORD DEATHSTRIKE (primeiro confronto: Wolverine (2010) #9 (julho/2011))

Sabe-se muito pouco sobre a história ou até mesmo a identidade de do assassino de aluguel de elite Lord Deathstrike, principalmente porque ele também quase não fala. O que se sabe é que ele é extremamente inteligente e domina inúmeras técnicas de combate desarmado e artes marciais, além de ter pontaria precisa. Lord Deathstrike também conta com um arsenal de apetrechos de tecnologia avançada, como balas que podem receber comandos por botão (como “retornar”, “explodir”, “perseguir”, “liberar ácido”, etc), calçados que permitem que escale e corra sobre paredes e tetos, além de uma máscara à prova de balas que possui vários outros recursos. O alcance dos armamentos e da tecnologia de Lord Deathstrike é tamanho que ele pode matar vítimas a continentes de distância.

O pouco que se sabe de seu passado é que Lord Deathstrike foi educado, junto com seus irmãos, pela esposa do Rev. Riker, o líder religioso que iniciou uma cruzada contra os mutantes. Em suas últimas aparições, Lord Deathstrike apareceu trabalhando para o Hellfire Club. Quanto a seu codinome, não se conhece nenhuma ligação direta entre ele e Lady Deathstrike, pelo menos até o momento.

052 – SILVER SAMURAI (SHIN HARADA) (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #300 (março/2012))

Shingen “Shin” Harada é filho do Silver Samurai original (Kenuichio Harada) e neto do Shingen Harada original, líder de um clã da Yakuza, também inimigo de Wolverine. Ao contrário do pai, Shin não é mutante, mas é extremamente inteligente e hábil em tecnologia de ponta. Companheiro de furtos da filha adotiva de Wolverine, Amiko, em Tóquio, Shin logo se interessou por crimes maiores e para os quais desenvolveu uma armadura de alta tecnologia, para honrar o nome e o codinome do pai. Assim surgiu o novo Silver Samurai que, por não ter o poder mutante do pai, emula o mesmo efeito com duas katanas de energia. Sua armadura, porém, porta muitas outras soluções de ataque e defesa, além de poder voar e aumentar seu nível de força. O novo Silver Samurai já fez parte da Brotherhood of Mutants, do Hellfire Club e de parcerias com Mystique e Exterminatrix. Também assumiu os negócios do clã em Tóquio.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas referenciadas

[Listas] Principais inimigos de Wolverine – 012

Vamos conferir os principais inimigos de Wolverine. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

045 – DAKEN (primeiro confronto: Wolverine Origins (2006) #10 (março/2007))

Akihiro é um filho desconhecido por Wolverine até se revelar já adulto. Porém, nem mesmo o próprio Akihiro sabia sua origem (que foi mostrada posteriormente). Após a Segunda Guerra Mundial, Wolverine se estabeleceu por um curto período no Japão, onde se casou com uma mulher chamada Itsu. Na época, Itsu engravidou (e Wolverine não sabia), mas acabou sendo morta pelo Winter Soldier, a mando do vilão Romulus. Após sua morte, alguém abriu o ventre da falecida e retirou o feto ainda vivo. O estresse extremo vivido pelo feto fez com que seu fator de cura mutante disparasse e ele sobreviveu, sendo deixado algum tempo depois na soleira da porta de um casal de ricos japoneses (Akihira e Natsumi). Os dois criaram o pequeno órfão e lhe deram o nome de Akihiro, embora os criados o chamassem de Daken (“viralata”). Akihiro não era amado nem por seus pais adotivos, e após ouvir a confirmação dessa falta de afeto quando Natsumi engravidou, criou uma situação em que matou a mãe e causou o suicídio do pai. Nesse momento, Romulus apareceu e apontou que ele é o que Akihiro se tornaria.

A partir daí, a vida de Akihiro é desconhecida em boa parte, apenas confirmando que seu fator de cura também impediu de envelhecer. Com um ódio por Wolverine alimentado por Romulus, Akihiro assumiu o apelido Daken e se tornou um assassino amoral, sem caráter e manipulador, sempre usando outras pessoas para seus intentos. Daken também demonstrou outros poderes, como empatia, imunidade telepática e manipulação de outras pessoas por meio de feromônios, além de sentidos aprimorados (animais) e níveis humanos de força e agilidade aumentados, além de dois pares de garras retráteis de osso nas mãos. Quando Daken se “apresentou” ao mundo, já adulto, passou a atormentar Wolverine e vários outros heróis e vilões e, em um período, chegou até mesmo a fundir a espada mística muramasa (capaz de neutralizar o fator de cura) a suas garras (isso depois foi perdido quando Wolverine cortou suas garras). Daken também se envolveu com Norman Osborn, fazendo parte de suas duas equipes de heróis “falsas” (Dark Avengers e Dark X-Men), emulando a identidade de Wolverine. Daken também se tornou um chefão do crime em Madripoor e também tentou se estabelecer nessa atividade em Los Angeles. Posteriormente, Daken perdeu seu fator de cura por causa do vício em uma droga experimental e acabou reunindo uma Brotherhood of Mutants para atacar uma formação da X-Force liderada por Wolverine, que o matou afogado. Daken retornaria algum tempo depois como um Knight of Death, a serviço dos Apocalypse Twins, enfrentando os Avengers, e depois permaneceu vivo, embora tenha perdido seu fator de cura novamente. Desconhece-se o paradeiro atual dele.

046 – ROMULUS (primeiro confronto: Wolverine (2003) #53 (junho/2007))

A verdadeira origem de Romulus é desconhecida e o pouco que se sabe é muito provavelmente falso. Romulus afirma ser parte de uma espécie humanoide que evoluiu dos lobos em vez dos antropoides (seria o Canis sapiens) – com essa alegação, ele também sugeriu que muitos dos superseres com características lupinas e animalescas também seriam membros dessa espécie (e, portanto, não seriam mutantes humanos). Essa alegação nunca foi confirmada e sabe-se que Romulus é extremamente manipulador e furtivo. Apesar de seu grande nível de força e de técnicas perfeitas de combate, Romulus sempre prefere atuar nas sombras e utilizar outros agentes para efetuar seus planos e jogos de manipulação.

Romulus tem especial fixação por Wolverine e Sabretooth e alega ter estado por trás de várias passagens da cronologia desses personagens. Romulus também foi o responsável por ordenar o Winter Soldier a matar Itsu (então esposa de Wolverine) e extrair seu feto, que se tornou Daken. Romulus também participou em muito da formação de Daken, utilizando-o em muitas de suas manobras. Também se especula que Romulus estava por trás da Weapon X em alguma extensão, e que teria sido em parte responsável pelas experimentações com Wolverine e Sabretooth e outros. Romulus parece ter grande conhecimento genético ou pelo menos ter alguém trabalhando para ele com esse conhecimento, pois ampliou os poderes animalescos de outros personagens. Romulus tem poderes “animalescos”, além de certo grau de telepatia e fator de cura, mas não possuía garras retráteis. Ele usava manoplas com garras, até que se envolveu em um processo similar ao de Wolverine, que lhe deu garras retráteis e esqueleto de adamantium. Romulus foi aprisionado após seu “confronto final” com Wolverine e não se tem tido mais notícias.

047 – DOCTOR ROT (primeiro confronto: Wolverine: Weapon X (2009) #6 (dezembro/2009))

Algernon Rottwell demonstrava tendências sádicas e psicopáticas desde criança, quando tentava criar “gatos-zumbis”, ao capturar os animais e submetê-los a cirurgias cerebrais. Mesmo assim, cresceu e se tornou um cirurgião adulto, que logo foi denunciado por suas práticas desumanas, sendo internado em um manicômio chamado Dunwich, onde era considerado incurável. Rottwell eventualmente liderou uma rebelião no manicômio, que matou todos os médicos e enfermeiros. Ele assumiu o controle, com seus colegas igualmente enlouquecidos se tornando sua equipe hospitalar. Adotando o nome de Doctor Rot, Rottwell começou a organizar sequestros de mendigos e pessoas pobres dos arredores para submetê-los a seus experimentos macabros, envolvendo toda sorte de procedimentos escabrosos e até canibalismo. Wolverine começou a investigar os desaparecimentos e chegou a Dunwich, onde acabou capturado e sendo vítima de cirurgia cerebral, que o deixou sob controle de Doctor Rot. Eventualmente Wolverine se libertou e enfrentou Doctor Rot que, no entanto, não foi derrotado. Rottwell voltou a atacar algum tempo depois, comandando uma “família Rot” de outros pacientes alterados e reativando a lavagem cerebral de Wolverine por meio de uma “palavra-gatilho”, fazendo-o roubar cérebros pelas redondezas. Doctor Rot acabou derrotado mais uma vez por Wolverine e esquartejado vivo, embora tenha dado um jeito de se “remontar”. Esse parece ser o único “poder” de Doctor Rot – embora ele não seja imortal, praticamente não sente dor, o que pode ser causado por sua psicopatia. Extremamente inteligente e habilidoso, apesar de desvairado, Rottwell ainda está por aí se recuperando.

048 – DEATHLOKS 10511 (primeiro confronto: Wolverine: Weapon X (2009) #12 (junho/2010))

No futuro alternativo da Realidade-10511, a corporação Roxxon derrotou e destruiu todos os heróis, substituindo-os no combate ao crime por um exército de Deathloks (ciborgues militares criados com cadáveres – aparecem na Realidade-616 [a principal da Marvel] e em várias outras realidades). Nesse caso, os Deathloks são criados a partir de criminosos condenados e executados. Porém, existe uma resistência, comandada por um tal de General (que se revela ser ele mesmo um Deathlok – o L17, originalmente Evan Wakowski), que desafia a Roxxon. Por isso, a corporação desenvolve uma máquina do tempo para transportar um destacamento de Deathloks ao passado e exterminar todos os futuros candidatos ao General. Sem saber, o próprio Deathlok que se tornará o General está nesse destacamento (aparentemente o General que estava no “presente” do futuro alternativo era, na verdade, uma contraparte do futuro que voltou ao “presente”, convivendo com sua contraparte ainda controlada pela Roxxon…). Wolverine e os Avengers se envolveram nesse confronto, principalmente quando o futuro General resolve se degenerar e passa a proteger sua contraparte ainda criança no presente. O futuro General permanece no presente ainda, participando da X-Force e atuando como professor da escola dos X-Men, mas sabe-se que ele retornará a seu futuro alternativo para enfrentar a Roxxon (já como General). Esses Deathloks retornaram pelo menos mais uma vez ao presente, para tentar eliminar o General. Diferentemente de outras versões de Deathlok do Multiverso Marvel, estas da Realidade 10511 também podem reproduzir, de forma aproximada, os poderes de outros heróis (como, por exemplo, “garras” de Wolverine compostas por laser).

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas referenciadas

 

[Listas] Principais inimigos de Wolverine – 011

Vamos conferir os principais inimigos de Wolverine. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

041 – DOG LOGAN (primeiro confronto: Wolverine: The Origin (2001) #6 (julho/2002))

Dog Logan é meio-irmão de Wolverine. O pai dos dois era o caseiro da propriedade dos Howlett e, em uma relação com Elizabeth Howlett, gerou o futuro Wolverine (chamado James Howlett Jr), que foi criado como filho legítimo do patrão. No entanto, Dog foi criado como “companheiro de brincadeiras” de James Jr e de Rose, uma órfã ruiva que foi adotada para “tomar conta” do frágil Junior. Essa relação não só criou ressentimento, mas também se juntou ao tratamento abusivo que Dog sofria do pai, sempre bêbado. Espancado regularmente, Dog nem mesmo teve direito a um “nome”. Tudo isso foi criando condições para que Dog tentasse se vingar dos “filhos do patrão” – o que foi acontecendo até que ocorreu a tragédia familiar que matou os Howlett e o pai de Dog e do futuro Wolverine, Thomas Logan. Esse evento, que revelou as garras de osso de James Jr. (Wolverine), também deixou cicatrizes de garras no rosto de Dog. Dog culpou Rose, que fugiu junto com James Jr. Algum tempo depois, Dog foi contratado para “rastrear” e capturar James Jr., que, na época, usava o nome único de Logan.

Há muitas histórias ainda a serem contadas sobre essa rivalidade entre Dog Logan e Wolverine, mas ela não ficou apenas no passado. Mais recentemente, revelou-se que Dog Logan entrou em contato com “diamantes temporais”, que o tornaram um viajante temporal. Usando suas habilidades naturais de caçador, tornou-se um caçador de recompensas transtemporal, até se estabelecer no presente e se associar a uma formação do Hellfire Club. Seus objetivos de revanche contra Wolverine ainda persistem. Não se sabe exatamente se Dog Logan é mutante ou não. Provavelmente é, pois sempre demonstrou uma capacidade anormal de rastreio, usada em caçadas. Em suas últimas aparições, também demonstrou ter garras, presas e orelhas pontuadas, o que pode ser uma “mutação secundária”. A mutação seria explicada pela condição de ser meio-irmão de Wolverine (portanto, o pai, Thomas Logan, seria o transmissor do gene X).

042 – GORGON (SHISHIDO) (HAND/HYDRA/DAWN OF THE WHITE LIGHT) (primeiro confronto: Wolverine (2003) #20 (dezembro/2004)

O mutante japonês Tomi Shishido manifestou um aspecto de sua mutação logo após o nascimento: seus níveis super-humanos de inteligência já se manifestaram quando começou a falar as primeiras palavras com 2 semanas de vida! E isso foi evoluindo rapidamente à medida que crescia – acrescentando, por exemplo, um fator de cura razoavelmente potente, telepatia e níveis sobre-humanos de força, velocidade e agilidade. Outra parte de sua mutação se desenvolveu na puberdade, quando demonstrou ter o poder de transformar criaturas em pedra apenas com o olhar – o que lhe valeu o apelido de Gorgon, que passou a utilizar como nome. Porém, essa superinteligência não se voltou para bons objetivos – ele logo formou uma organização terrorista chamada Dawn of the White Light, que cultuava a morte e atuava no Japão. Os atos terroristas e as habilidades mutantes de Gorgon logo não eram o bastante para ele e, construindo um “currículo” poderoso, se aliou à Hand e, posteriormente, à Hydra.

Gorgon se tornou um dos grandes generais da Hand e da Hydra e foi responsável pela captura, morte e ressurreição de Wolverine como um agente mentalmente controlado. Gorgon não só usou Wolverine como seu agente de elite, como também empreendeu uma ação ostensiva contra a SHIELD, que só foi detida depois que Wolverine se livrou do controle e matou Gorgon – que foi, no entanto, revivido pela Hand, a pedido da Hydra. Gorgon voltou a atuar como um dos generais da Hydra, além de ter passado um período breve como “Dark Wolverine”, no segundo grupo dos Dark Avengers reunido por Harry Osborn.

043 – NITRO (primeiro confronto: Wolverine (2003) #43 (agosto/2006))

Robert Hunter era um engenheiro elétrico que passou por um processo de reengenharia genética realizado pelos krees da Lunar Legion, um grupo de alienígenas krees que queria “punir” o agente “rebelde” Mar-Vell (então o Captain Marvel, que resolveu proteger os terráqueos contra os krees). Hunter ganhou assim o poder de explodir a si mesmo e depois se reintegrar e adotou o codinome Nitro. Embora tenha sido derrotado por Mar-Vell, ele levou o herói à morte tempos depois, pois em seu confronto, a explosão de um tambor com um gás nervoso cancerígeno atingiu a saúde de Mar-Vell. Após esse confronto, Hunter se tornou um supercriminoso profissional, se aliando a vários grupos criminosos e atuando como supercapanga, enfrentando vários heróis em sua carreira.

O “auge” da carreira supercriminosa de Nitro se deu quando ele se autoexplodiu em um conflito com os New Warriors, que matou não só os heróis e alguns vilões, como também matou dezenas de crianças. Esse foi o evento originador da primeira Civil War, que dividiu a comunidade super-heroística entre aqueles que defendiam o cadastramento no governo e treinamento seguro, e aqueles que defendiam a liberdade de atuarem livremente, com suas identidades protegidas. Nitro não ficou impune, e foi caçado implacavelmente por Wolverine e Namor – e foi aí que veio a grande rivalidade entre ele e Wolverine. Eventualmente Nitro foi derrotado e contido, sem antes ter uma mão decepada por Wolverine – e aí se tem uma limitação de seu poder: Nitro consegue se reformar após autoexplodir e ficar em uma forma “gasosa”, mas não possui fator de cura, não podendo regenerar membros perdidos ou se curar de lesões. Nitro também pode explodir apenas partes localizadas do seu corpo ou até mesmo apenas o ar ao redor dos punhos, para criar “socos explosivos” ou “disparos concussivos”. Depois disso, Nitro voltou a atuar em várias associações de supercriminosos

044 – NUKE (SIMPSON) (primeiro confronto: Wolverine Origins (2006) #3 (agosto/2006))

Frank Simpson teve um passado conturbado, do qual muito ainda é desconhecido. Porém, sabe-se que, na infância e adolescência, envolveu-se em uma tragédia familiar, que teve participação de Wolverine, então um agente a serviço do programa Weapon Plus. Esse programa tentava reproduzir o programa de supersoldados que resultou no primeiro Captain America, usando outros processos. Esse programa também incluía o Weapon X, que acabou transformando Wolverine em um superagente. Retornando ao passado de Frank Simpson, Wolverine o capturou para ser cobaia do Weapon Plus, um fato que foi posteriormente esquecido por camadas de memórias falsas implantadas tanto em Wolverine como em Simpson. Frank Simpson foi transformado em um supersoldado com implantes cibernéticos e pele plástica artificial (conferindo níveis aumentados de força e certa resistência a balas e projéteis explosivos), além de um segundo coração, projetado para manter sempre altos níveis de adrenalina. Estreou como um supersoldado na Guerra do Vietnã, controlado em campo por Wolverine, com o codinome Nuke.

Depois de sua atuação no Vietnã, na qual demonstrou estar completamente descolado da realidade, em consequência de suas modificações, sabe-se pouco sobre Nuke, até que ele começou a aparecer como um “supermercenário”.  Na verdade, Nuke atuava sempre para outros grupos ou controladores, já que suas funções vitais podem ser controladas à distância. Também se criou um “efeito placebo” em que ele precisa ingerir pílulas de cores diferentes para “controlar seus níveis de adrenalina e força” – o efeito disso é apenas psicossomático. Simpson foi dado como morto muitas vezes, mas suas modificações cibernéticas e bioquímicas, além de constantes aprimoramentos de seus implantes, lhe conferem certo “fator de cura”. Nuke tem aparentemente alguns lapsos de “realidade verdadeira”, em que consegue pensar normalmente, mas geralmente enxerga a realidade como uma luta patriótica contra um inimigo imaginário. Em vista disso, Wolverine e Captain America já tentaram “salvá-lo” e recuperá-lo algumas vezes.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas referenciadas

 

[Listas] Principais inimigos de Wolverine – 010

Vamos conferir os principais inimigos de Wolverine. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

037 – WHITE GHOST (MCLEISH) (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #119 (dezembro/1997))

O escocês Roddy McLeish se considerava o maior assassino de aluguel do mundo, com uma incrível contagem de corpos em sua carreira desde a adolescência. Concentrando sua atividade na China e em Hong Kong, onde esteve desde a Segunda Guerra Mundial, McLeish admitia que só conseguia matar pessoas enquanto estava bêbado de scotch (uísque escocês) – obviamente que, com o tempo, sua tolerância com o álcool foi aumentando e exigindo doses maiores. Seu “codinome” White Ghost veio do apelido pejorativo que recebeu em cantonês: “Gweilo”, que significa “fantasma branco”, “homem fantasma” ou “demônio estrangeiro” – sim, é uma gíria derrogatória para estrangeiros ocidentais.

O contato de McLeish com Wolverine se deu quando este passou um período em Hong Kong. Vendo as habilidades de Wolverine em um combate com membros de uma tríade, além do poderoso fator de cura do mutante, McLeish tentou se aproximar de Wolverine para estudá-lo melhor e saber como derrotá-lo. Assim se iniciou uma “amizade” suspeita, da qual se sabe muito pouco, só se sabendo que, em certa altura, McLeish matou Ai-Shia, a amante de Wolverine na época e depois foi dado como morto em um “confronto final” com Wolverine, que terminou em uma explosão. McLeish não morreu de fato, mas sobreviveu com muitas sequelas na coluna vertebral e no coração. Ele chegou a dizer que uma tríade foi responsável por “salvá-lo”, mas não se tem certeza. O fato é que ele e seu filho voltaram anos após para se vingar de Wolverine, que matou o filho e, depois, matou McLeish em uma nova explosão. Nesse retorno, os McLeish enfrentaram Wolverine apenas com balas e granadas de estilhaços de adamantium – afora isso, McLeish era apenas um assassino com bom conhecimento de armas e artes marciais, além da habilidade de ventriloquismo. McLeish estava entre as almas “condenadas” que Wolverine enfrentou quando esteve no Inferno.

038 – MISTER X (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #160 (março/2001))

Não se conhece o nome real de Mister X, apesar de ele ser um bem sucedido homem de negócios. Como muitos milionários, ele possui certa dose de excentricidade e, em seu caso, essa característica se materializa em uma adicção por matar. Esse vício em matar surgiu ainda cedo, em sua adolescência, quando seu poder mutante se manifestou enquanto ele presenciava uma mulher sendo atropelada (e morrendo). O choque ativou sua capacidade telepática (de baixa intensidade, mas real), com a qual ele “sentiu” a morte da mulher e adorou a experiência. A partir de então, passou a aprender todas as artes marciais da Terra e até alienígenas, além do domínio no uso de vários tipos de armas brancas e de fogo, para se tornar “o melhor que existe” na arte do assassinato. Isso também foi auxiliado por seu baixo nível de telepatia, já que ele consegue prever os movimentos do adversário com alguns segundos de antecipação (não com todos, mas com a maioria). Mister X também possui alta resistência a dor, que pode ser decorrente de seu treinamento em artes marciais, pode ser alguma outra capacidade mutante, ou ambas as coisas.

Mister X adquiriu notoriedade no circuito de lutas clandestinas e em vários assassinatos até mesmo aleatórios. A cada morte que conquista, ele entalha um corte em seu corpo, contando suas conquistas. Porém, para se tornar realmente o “melhor que existe”, ele precisava derrotar outro lutador que ostentava esse título: Wolverine. Assim, começou a rivalidade entre os dois, com Wolverine normalmente derrotando X ao liberar seu lado animalesco. Embora Mister X não tenha conseguido se tornar o “melhor que existe” ao derrotar Wolverine, sua fama chegou aos ouvidos do governo, que o recrutou para os Thunderbolts no período em que a equipe seguia as ordens de Norman Osborn. Após a queda de Osborn e a desativação dessa encarnação do grupo, não se teve mais notícias dele.

039 – MAUVAIS (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #165 (agosto/2001))

Mauvais é um mago francês do século 18. Só se conhece seu pré-nome, que é Jean-Pierre (Mauvais não é sobrenome, é um apelido, que quer dizer “mau” em francês). Mauvais chegou ao Canadá no século 18, durante a Guerra Franco-Indígena (1754-1763). Deslocando-se para o norte do território, tencionou conquistar o Canadá para si mesmo, no que foi impedido pelos deuses Inuit (dos inuits/esquimós). Por volta da época da Revolução Francesa (1789), Mauvais foi finalmente derrotado e punido pelos deuses, sendo aprisionado imóvel em uma prisão francesa em uma ilha gelada (chamada Le Prison de la Morte). E lá teria ficado eternamente, se não fosse acordado mais de 2 séculos depois por guardas da prisão canadense de supercriminosos, a Cage, que fora construída no mesmo local.

Os guardas despertaram Mauvais porque queriam que ele eliminasse Wolverine, que estava encarcerado na prisão por uma acusação de assassinato. Os guardas prometeram libertar Mauvais se ele matasse Wolverine, o que ele tentou fazer mais de uma vez (inclusive já liberto). Mauvais é um canibal e se fortalece cada vez mais ao comer carne de suas vítimas. No caso de Wolverine, ele comeu umas partes do mutante em seu primeiro encontro, que lhe tornaram muito mais poderoso. Com poderes semelhantes aos de um vampiro (mas comendo carne em vez de sugar sangue), Mauvais possui poderes hipnóticos além de seus feitiços. Porém, se existe a maldição do Wendigo no território canadense, por que ele não se torna um Wendigo? Talvez por alguma defesa mística… mas isso não evitou que ele se tornasse finalmente um Wendigo quando comeu o coração de outro Wendigo. Esse foi seu último confronto com Wolverine até o momento, atuando como um Wendigo consciente, mas acabou sendo derrotado pelos deuses inuits e exilado na dimensão das Great Beasts (inimigas desse panteão). Como as Great Beasts retornam ao plano terrestre com certa frequência, é bem provável que Mauvais retorne em algum momento.

040 – DIRECTOR MALCOLM COLCORD (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #166 (setembro/2001))

Malcolm Colcord era um dos soldados de guarda da instalação secreta da Weapon X que implantou o adamantium no esqueleto de Wolverine. Após o procedimento, Wolverine despertou e escapou com ira e selvageria animalescas, matando todos que encontrava pelo caminho. Colcord era um dos soldados nesse caminho, mas acabou não morrendo – porém, ficou com as cicatrizes das garras de Wolverine marcadas em seu rosto. O incidente alterou toda a psique de Colcord que passou a ter uma fixação monomaníaca em seu ódio contra Wolverine e os mutantes em geral. Assustadas com a nova personalidade de Colcord, sua esposa e seus filhos o abandonaram, o que o deixou ainda mais obcecado em seus planos de vingança.

Os anos se passaram e Colcord cresceu dentro da organização Weapon X, tornando-se o seu diretor (ou apenas Director, como é chamado muitas vezes). Ele conseguiu uma associação oculta com o governo americano e retomou o projeto com força. Frio, calculista e rude, Colcord enxergava os mutantes como recursos que deveriam ser usados em missões militares e secretas (no fundo, ele planejava o extermínio dos mutantes, mas isso era um plano mais para longo prazo). Colcord pretendia reutilizar Wolverine e vários outros mutantes como seus agentes. Também chegou a criar um campo de extermínio de mutantes, chamado Neverland, onde vários morreram (como, aparentemente, o x-man Maggott). Eventualmente essa encarnação da Weapon X foi desativada, mas ele conseguiu desenvolver outros projetos, entre os quais um que pretendia criar um fator de cura artificial, que aplicou em si mesmo. Colcord ainda está à solta, mas provavelmente irreconhecível por esse fator de cura ser pouco potente.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas referenciadas

[Listas] Principais inimigos de Wolverine – 009

Vamos conferir os principais inimigos de Wolverine. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

033 – SILVER FOX (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #62 (outubro/1992))

A mutante canadense e nativa americana da Confederação dos Pé-Pretos Silver Fox foi esposa de Wolverine na década de 1900. Por muito tempo, acreditou-se que ela havia sido morta por Sabretooth nesse período e ele retornava todos os anos no aniversário de sua morte para atormentar Wolverine. Porém, revelou-se mais tarde que ela também fez parte da equipe de superoperativos da Guerra Fria Team X, da qual também participaram Wolverine e Sabretooth, entre outros. Como as memórias dos agentes da Team X eram alteradas por implantes de memória, acabou-se não se tendo certeza sobre se ela morreu realmente – provavelmente não.

Foi justamente uma rejeição desses implantes que fez Silver Fox trair seus colegas da Team X e se tornar uma terrorista internacional, logo se tornando mais adiante a líder de uma seção da Hydra. Nessa condição, ela começou a monitorar Wolverine em suas buscas por descobrir seu passado na Weapon X e, ao mesmo tempo, se envolveu em uma aliança com a Hand, que culminou com o envenenamento do grande amor de Wolverine, Mariko Yashida. A motivação para isso nunca ficou clara; porém, o monitoramento de Wolverine acabou revelando seu objetivo: os membros da Team X que receberam poderes artificiais de prolongamento de vida e fator de cura estavam vendo seus poderes falharem. Silver Fox era um deles, e se juntou a Wolverine e Sabretooth para tentar achar uma solução. Silver Fox acabou sendo finalmente morta de fato por Sabretooth nesse esforço. Além dos poderes artificiais que recebeu, Silver Fox tinha o poder de controlar outras pessoas por meio do toque.

034 – DIRTNAP (primeiro confronto: Wolverine (1988) #95 (novembro/1995))

Dirtnap era um mutante de nome desconhecido cujo poder era “absorver” pessoas e assumir seus corpos. O corpo possuído sempre era reconhecido por uma camiseta cinza com um símbolo de smiley vermelho. Até conhecer Wolverine, Dirtnap tinha uma forma básica deformada, que ele assumia quando consumia seu hospedeiro. Porém, quando tentou “absorver” Wolverine, o fator de cura deste rejeitou fortemente Dirtnap e ele teve de fugir “absorvendo” o ser vivo mais próximo: uma ratazana. Por alguma razão não revelada, essa passou a ser sua forma básica daí em diante.

Dirtnap se tornou membro dos Dark Riders, grupo de lacaios superpoderosos de Apocalypse, agora sob o controle de Genesis (filho de Cable) e, depois, iniciou uma parceria com a pirata extradimensional Chimera, que conheceu nesse grupo. Nas duas associações, enfrentou Wolverine repetidamente. Dirtnap já morreu pelo menos duas vezes, mas devido a seus poderes, sempre há a possibilidade de ele escapar. Na última vez, tentou “absorver” M-Plate, uma criatura composta pelo vilão Emplate (então seu aliado) e suas irmãs M e Penance, de Generation X. O esforço foi tão grande que ele explodiu, separando os irmãos. Se ele sobreviveu, ainda não retornou.

035 – CHIMERA (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #97 (janeiro/1996))

Não se conhece exatamente a origem de Chimera até o momento, mas sabe-se que ela é uma pirata proveniente de outra realidade – e ela ainda tem tecnologia de transporte interdimensional, além de armas de mesma origem, mas possui interesses na realidade 616 (a principal da Marvel). No entanto, ela possui outros poderes, que se suspeita que tenham sido concedidas artificialmente. Esses poderes envolvem principalmente a capacidade de gerar uma energia ectoplasmática esverdeada na forma de “cabeças de dragão”, que ela controla por meio de telecinese. Essas “cabeças de dragão” podem ser manipuladas e usadas em combate nos ambientes tanto físico quanto astral. Chimera também possui certo grau de telepatia, que permite com que ela detecte formas astrais de outras criaturas ou perceba quando está sendo observada. Chimera apareceu primeiramente no grupo de Dark Riders, a serviço de Genesis (filho de Cable), mas depois iniciou uma parceria com Dirtnap – até que este explodiu pela última vez. Depois de um período agindo solitariamente, Chimera fez parte do grupo Sisterhood of Mutants e dos Marauders.

036 – GENESIS (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #99 (março/1996))

O mutante Tyler Dayspring era filho de Cable e sua esposa Aliya, 2000 anos no futuro. Há dúvidas sobre Cable é realmente seu pai – ele poderia ser filho de Stryfe, o clone maligno de Cable e ser adotado pelo herói. De qualquer forma, na adolescência, Tyler foi sequestrado por Stryfe e corrompido, tornando-se um soldado a serviço do vilão. Nessa condição, enfrentou o próprio pai e seus aliados rebeldes, tendo usado a rebelde Dawnsilk como refém. Graças a seus poderes, ele estabeleceu uma ligação psíquica com a refém e Cable não viu outra alternativa a não ser atirar em Tyler e matar seu filho. O elo psíquico causou danos cerebrais a Dawnsilk, que sobreviveu.

No entanto, Tyler também não morreu e se recuperou, guardando um ódio mortal de seu pai. Sabendo que Cable havia viajado para o passado, assim como Stryfe, ele também tratou de fazer a mesma coisa. No passado (o presente do Universo Marvel), Tyler se tornou um comerciante de armas ilegais chamado Tolliver, e assim começou a monitorar e perseguir o pai, ora contratando o grupo de mercenários de Cable (o Six Pack), ora contratando outros mercenários (como Deadpool) para atacar o pai. Tolliver aparentemente “morreu” na explosão de um helicóptero, mas Tyler ainda retornou para confrontar o pai. Algum tempo depois, Tyler passou a se considerar o herdeiro de Apocalypse, adotando o codinome de Genesis, e resolveu criar seus próprios Horsemen. Contando com os lacaios de Apocalypse chamados Dark Riders, Genesis capturou Wolverine, que estava então desprovido de adamantium nos ossos (Magneto arrancou o adamantium de Wolverine por seus poros). O plano de Genesis era reimplantar o adamantium em Wolverine e torná-lo seu novo Death. Genesis extraiu o adamantium da pele do vilão Cyber para realizar esse processo, mas o fator de cura exacerbado de Wolverine rejeitou a liga metálica. Enraivecido e regredido a um estado quase animalesco, Wolverine matou Genesis. Genesis possuía originalmente o poder de acessar a memória de outras pessoas e construir hologramas sólidos dessa memória. Já como Genesis, ele exibiu a habilidade de absorver a energia de mutantes para aumentar sua própria força, mas não se sabe se isso seria uma mutação ou uma capacidade concedida por sua tecnologia futurista.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas referenciadas

[Listas] Principais inimigos de Wolverine – 008

Vamos conferir os principais inimigos de Wolverine. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

029 – ALBERT E ELSIE-DEE (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #38 (abril/1991))

Tratam-se de dois androides desenvolvidos por Donald Pierce, líder dos Reavers, com o objetivo de destruir Wolverine. Albert (que não tinha nome algum quando foi criado) era uma cópia de Wolverine que serviria como isca, para atrair Wolverine para um prédio em chamas, no qual estava Elsie-Dee, uma “menina” de 5 anos de idade que, na verdade, abrigava uma bomba potente, que deveria pulverizar Wolverine além de sua capacidade de regeneração. No entanto, o plano não ocorreu como esperado por causa de um erro de “montagem” de Elsie-Dee: Bonebreaker, o Reaver responsável pela instalação da IA de Elsie-Dee não calibrou a idade mental do androide para 5 anos de idade, e acabou instalando a capacidade máxima de IA dos construtos de Pierce. Assim, mesmo falando como uma criança, Elsie-Dee tinha uma inteligência adulta e, ainda por cima, privilegiada.

Devido a isso, Elsie-Dee não quis explodir a si mesma, desativou sua própria bomba e resgatou seu parceiro “Albert”, consertando as partes destruídas de seu corpo e também evoluindo sua IA (que até então era quase animalesca) para um nível até mesmo superior ao seu próprio. A dupla ainda enfrentou Wolverine, mas concluiu que Wolverine era uma pessoa nobre e não merecia morrer. A partir de então, passaram a ser aliados ocasionais de Wolverine, embora algumas vezes tenham complicado as coisas para ele tentando ajudar. Aliados ao Hunter in the Darkness, Albert e Elsie-Dee viajaram ao passado e lá permaneceram por um tempo. Seu paradeiro é atualmente desconhecido e pode ser que continuem sendo viajantes temporais. Albert e Elsie-Dee têm os atributos usuais de robôs e androides, com força sobre-humana e recursos tecnológicos, além do intelecto privilegiado, que permite que se autoaprimorem. Albert ainda tem garras metálicas retráteis como o Wolverine original.

030 – CYBER (primeiro confronto: Marvel Comics Presents (1988 ) #86 (setembro/1991))

O canadense Silas Burr era um mutante que trabalhava como investigador da Agência Pinkerton nos EUA no início do século 20. Com tendências homicidas, foi preso e condenado a enforcamento por 22 assassinatos. Burr escapou da prisão antes da sentença e voltou para o Canadá, onde se alistou na Polícia Montada, sendo alocado como sargento para o treinamento de recrutas para a Primeira Guerra Mundial. Severo e sádico, esse foi seu primeiro contato com Wolverine, um dos soldados. Ironicamente, seu destino parecia estar ligado ao de Wolverine – ele foi novamente o sargento encarregado de Wolverine na Segunda Guerra Mundial e, após esse período, ainda treinou Daken (filho de Wolverine) como assassino em 1959. Isso aconteceu porque Burr se tornou um agente de Romulus e foi inclusive escolhido como a primeira cobaia para o processo de implante de adamantium – porém, o implante foi feito em sua pele e não nos ossos. Com o codinome Cyber, Burr passou a realizar missões para Romulus e atuar como assassino do crime organizado, geralmente atormentando Wolverine no processo.

Originalmente, os poderes de Cyber incluíam superforça e resistência, além da capacidade de rastreio psíquico de padrões cerebrais (ou seja, era um rastreador de pessoas infalível). Também possuía aparentemente uma taxa de envelhecimento retardada. Como Cyber, além da invulnerabilidade conferida pelo adamantium na pele, ele também obteve garras nos dedos, que ele embebia em venenos e substâncias alucinógenas para torturar e fragilizar suas vítimas. Depois de alguns confrontos com Wolverine, Cyber acabou capturado por Genesis (filho de Apocalypse) que o matou, extraindo seu adamantium para reimplantá-lo em Wolverine (depois que Magneto havia extraído do corpo deste último). O processo não teve sucesso.

Cyber ressurgiu tempos depois em forma astral (um poder desconhecido decorrente de sua mutação?) e acabou possuindo o corpo de outro mutante superforte, mas com mente infantil, chamado Milo Gunderson. Suprimindo facilmente a mente fraca do corpo hospedeiro, Cyber tratou de reformar sua pele de adamantium, o que conseguiu roubando adamantium e entregando ao vilão inventor Tinkerer. No entanto, o coração de Gunderson não suportava o tratamento e Cyber sofreu um ataque cardíaco em confronto com Wolverine – implantou-se um marcapasso de carbonadium (tóxico), que também envenenou Cyber. Mesmo assim, Cyber foi morto de novo apenas um tempo depois, quando Ogun o imergiu em ácido para extrair o adamantium. Até o momento não há notícias da forma astral de Cyber estar ativa.

031 – OMEGA RED (primeiro confronto: X-Men (1991) #4 (janeiro/1992))

O mutante soviético/russo Arkady Rossovitch era um antigo inimigo de Wolverine em seus tempos de agente da CIA na Guerra Fria, como parte do grupo de assalto Team X. A origem de Rossovitch não está claramente estabelecida (e isso pode ser proposital, já que foi um superagente soviético), mas sabe-se que ele era um serial killer que foi capturado e sentenciado à morte. No entanto, em uma das versões, ele teria sobrevivido a um tiro na testa – provavelmente devido a seu poder mutante: Rossovitch era um “vampiro energético”, que absorvia a energia de outros seres para aumentar força e resistência, além de desenvolver um fator de cura. Rossovitch também tinha um outro poder mutante que colaborava para sua condição assassina (e talvez fosse a causa disso): ele secretava feromônios letais, que podiam adoecer e até matar pessoas ao seu redor. Essas características fizeram com que Rossovitch fosse encaminhado ao projeto de supersoldado soviético, onde teve implantados tentáculos retráteis de carbonadium – uma forma mais maleável e rara de adamantium, porém muito mais tóxica. Os poderes mutantes de Rossovitch contrabalançavam em parte essa toxicidade, mas isso interferia em seu rendimento. Para estabilizar seu corpo, ele precisava de medicações especiais ou do dispositivo “carbonadium synthesizer”, que fora roubado e escondido pelo Team X.

Mesmo mentalmente instável, Rossovitch se tornou um potente superagente soviético com o codinome Omega Red, enfrentando o Team X várias vezes, também em busca do carbonadium synthesizer. Em certa altura, porém, sua instabilidade fez com que os soviéticos o colocassem em animação suspensa, da qual foi retirado por Matsuo Tsurayaba, então líder da Hand na Ásia. Assim ele se tornou um superagente a serviço da Hand, e passou a enfrentar X-Men e Wolverine. Desde então, Omega Red já passou por várias situações e organizações, tendo inclusive se tornado líder do crime organizado (da Red Mafia) em um período. Omega Red foi morto finalmente por Wolverine, que lhe fincou a espada mística Muramasa em seu peito.

032 – SHIVA (ROBÔ) (primeiro confronto: Wolverine (1988 ) #50 (janeiro/1992))

Shiva é um programa de inteligência artificial desenvolvido pela Weapon X para capturar ou eliminar experimentos renegados ou fracassados. Por causa do abandono e destruição das instalações originais da Weapon X, Shiva se ativa esporadicamente, por motivos diversos. Ao fazer isso, ele monta robôs que atuam como seus executores. Porém, a programação de IA é potente: se um robô é destruído ou incapacitado, Shiva monta outro que não pode ser destruído da mesma forma. Wolverine ativou o programa Shiva pela primeira vez após uma visita a instalações abandonadas da Weapon X e, desde então, Shiva monta robôs esporadicamente para capturar Wolverine ou Sabretooth. As capacidades e habilidades dos robôs são, obviamente, adaptadas aos experimentos renegados que perseguem. Não se sabe o que pode acontecer quando o estoque de matéria-prima para construir os robôs acabar, ou se há uma capacidade autorregenerativa ou de reciclagem.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas referenciadas

Sobre os hábitos alimentares de Venom e demais simbiontes – parte 2

Como já vimos na primeira parte deste post, os simbiontes (ou klyntar) são criaturas protoplasmáticas que possuem DNA defeituoso – dependem de proteínas exógenas (obtidas a partir de outras criaturas) para “consertar” seu DNA. Originalmente benignas, elas podem se corromper se seu hospedeiro for maligno ou tiver desequilíbrios físicos ou psicológicos – a partir daí, elas se tornam “vampiros emocionais”, que se alimentam de adrenalina e fenetilamina, amplificando os defeitos de caráter e esgotando as adrenais dos hospedeiros e desenvolvendo apetite por cérebros!

É interessante que, em tempos menos politicamente corretos, a Marvel até mesmo fazia propaganda do apetite de Venom por cérebros em embalagens de action figures (sim, cujo público-alvo incluía crianças)! Seria algo impensável hoje… mas, de fato, Venom chegou a comer cérebros, ou era apenas vontade?

A resposta é sim, ele comeu pelo menos uma vez! E isso aconteceu em Venom the Hunger (1996). Nessa minissérie, a fome de Venom fica descontrolada e ele realmente devora a cabeça de um sujeito! E é aí que acontece uma revelação: Brock não quer fazer isso, mas a fissura do simbionte pela ingestão de cérebros é tamanha que a união é rompida. Brock consegue se separar do simbionte e só retorna quando consegue impedir que o simbionte repita isso. Provavelmente essa tensão permanente contribuiu para acelerar o câncer terminal nas adrenais de Brock.

A partir daí as histórias deixaram de conter alusões à ingestão de cérebros, embora Carnage (o “filho” de Venom) continuasse matando pessoas a granel e a relação Brock/Venom fosse se tornando cada vez mais instável.

O câncer e o estresse constante da relação conflituosa fizeram com que Eddie Brock leiloasse o simbionte, e após a rejeição inicial do comprador, tivemos a fixação do simbionte em outro antigo inimigo de Spider-Man: Mac Gargan, também conhecido como Scorpion.

Gargan talvez tenha protagonizado a versão mais violenta de Venom até o momento, e, sem acordos ou impedimentos, o apetite do simbionte por cérebros retornou amplificado – Venom se tornou canibal!

Do ponto de vista nutricional frio, a dieta não mudou – continuou a ser proteica. Mas chegou um ponto em que até o cruel Mac Gargan começou a se horrorizar.

Um pouco mais adiante, Eddie Brock foi curado pelos poderes estranhos de Martin Li (o alter ego do vilão Mister Negative), mas descobriu que, de alguma forma, restos do simbionte em seu organismo se combinaram com suas células imunes superestimuladas, criando um “simbionte híbrido” – o Anti-Venom, que passou a perseguir os outros simbiontes na Terra.

Isso nos remete a noções de biologia novamente, embasando a “ciência super-heroística”. Seres vivos (inclusive nós mesmos) sempre temos parasitas no organismo. Por mais nojento que possa parecer, apenas em laboratório se conseguem animais “totalmente limpos” (geralmente referidos como SPF). Assim, consegue-se viver em certa harmonia com seus parasitas. As doenças parasitárias só aparecem quando essa relação se desequilibra. E, muitas vezes, o organismo reserva leucócitos (células imunes) específicos para isso: são os eosinófilos.

Dependendo da carga parasitária e da condição geral dos organismos, os eosinófilos não são suficientes, mas fazem parte das defesas disponíveis no corpo, pelo menos para isolar os parasitas. Está aí a extrapolação científica para os poderes de Anti-Venom…

O simbionte passou um período “bonzinho” reunido a Flash Thompson (compondo o herói Agent Venom e, depois, a versão espacial de Venom), mas isso graças a substâncias especiais que impediam que o simbionte assumisse o controle.

Só mais recentemente tivemos a “purificação” do simbionte, em que sua malignidade foi extirpada e ele até mesmo passou a existir sozinho, sem necessidade de hospedeiro. Mas aí, qual é a graça do personagem?

Por isso mesmo, Venom assumiu recentemente um novo hospedeiro, chamado Lee Price. Inicialmente quis convencer o hospedeiro a se tornar um herói, mas este assumiu o controle e, digamos, pode contaminar o simbionte novamente… e aí, temos Eddie Brock na parada de novo… Com o perdão do trocadilho, voltaremos ao velho ciclo vicioso?

Fontes:

Revistas referidas

Official Handbook of the Marvel Universe

Wikipedia

Cronin, Brian – Comic Book Questions Answered: “Did Venom Actually Eat Brains?”