[Listas] Membros da Alpha Flight – 009

Vamos considerar os membros específicos da Alpha Flight, a principal equipe de heróis do Canadá. Não serão considerados aqui membros das equipes em treinamento (Beta e Gamma Flight) e nem da equipe derivada Omega Flight.

033 – NEMESIS (WEATHERLY) (ativa em Alpha Flight (2004) #2 (maio/2004))

Amelia Weatherly teve um relacionamento amoroso com Rutherford Princeton III (que viria a se tornar Centennial, membro da Alpha Flight) na Chicago dos anos 1920, durante a Lei Seca. Por razões não reveladas, ela morreu após ser enterrada viva nos escombros de um prédio em chamas. Seu corpo nunca foi encontrado, mas Princeton fez seu enterro “simbólico” com uma lápide vazia. Esse passado de poucas informações levaria Amelia de alguma forma a outro mistério do Universo Marvel: a origem e a finalidade das Nemesis. Apenas a Alpha Flight teve contato com 3 Nemesis, com duas delas tendo sido membros da equipe – e a Amelia foi a mais recente. Quem confere os poderes de Nemesis? Com que objetivo? Essas questões permanecem totalmente em aberto.

No caso de Amelia, ela afirma ter “passado duas vezes pelo Inferno”, sendo revivida para se tornar a “encarnação viva da retribuição”, em conexão com sua “espada da alma de promethium” chamada Scell. Trata-se de uma espada mágica que pode cortar qualquer coisa com precisão microscópica, além de outros poderes, que podem ou não estar ligados a ela: como voo, teleporte e viagens no tempo. Amelia também fica inerte se é separada da espada. Nemesis seria uma espécie de “espírito da vingança” como os Ghost Riders? Não se sabe. Não se sabe nem mesmo se todas as Nemesis têm a mesma origem mística. De qualquer forma, Amelia se tornou membro da Alpha Flight como Nemesis após ser presa como “terrorista anarquista”, tendo sua pena comutada para servir à equipe, sob controle nanotecnológico para evitar traições e fugas. Curiosamente, se encontrou com Princeton mais uma vez, agora o herói relutante Centennial. Depois de um período muito conturbado na equipe, revelou-se que Nemesis e Centennial morreram e foram finalmente sepultados juntos.

034 – PUCK (YU) (ativa em Alpha Flight (2004) #2 (maio/2004))

A mutante Zuzha Yu é filha do primeiro Puck (Judd), em um relacionamento no passado. Apesar de os poderes de Judd serem de origem mística, Zuzha herdou algum tipo de mutação semelhante – talvez como resultado da manipulação genética que seu pai sofreu, operada pelo vilão Master of the World. Ou o gene mutante pode ter sido herdado de sua mãe, de repente. Ainda assim, Zuzha não herdou o nanismo de Judd, justamente por este ser de origem mística. De qualquer forma, os poderes de Zuzha começaram a se manifestar ainda em sua gestação, no ventre de sua mãe – o que é incomum para mutantes em geral (que geralmente desenvolvem seus poderes na puberdade) – ou seja, pode ter havido influência mística aí. Esses poderes envolvem níveis aumentados de força, agilidade, rapidez e reflexos, além da capacidade de redirecionar energia cinética. Somem-se a isso bom treinamento em vários estilos de luta, e tem-se alguém difícil de enfrentar.

Deixando essa discussão de lado, Judd abandonou a mãe de Zuzha por motivos desconhecidos e a menina cresceu sozinha, sem conhecer o pai. Expulsa da faculdade por motivos também desconhecidos, Zuzha teve de se virar e abriu uma taverna próxima à faculdade. Foi lá que chamou a atenção de Walter Langkowski (Sasquatch), que identificou o potencial da garota e descobriu sua ligação com o primeiro Puck. Zuzha aceitou entrar para a Alpha Flight após perder um desafio para Langkowski e, na equipe, adotou o codinome de Puck (em um período em que seu pai estava desaparecido). Zuzha também adotou um traje de moléculas instáveis que se modifica de acordo com a necessidade. Zuzha permaneceu na equipe após o retorno do pai, mas aparentemente morreu no confronto com o Collective (mutante que reuniu a maior parte da “energia mutante” “perdida” no M-Day – quando a maior parte dos mutantes deixou de ser mutante após um feitiço por Scarlet Witch).

035 – YUKON JACK (ativo em Alpha Flight (2004) #2 (maio/2004))

Yukotujakzurjimozoata (sim, é esse o nome dele mesmo) é o príncipe herdeiro da tribo de nativos americanos chamada Kemteron – aparentemente uma tribo de semideuses, como eles mesmos se consideram. De fato, o corpo e o organismo de seus membros são diferentes da constituição dos corpos humanos normais. Vivendo isoladamente do restante da humanidade há milhares de anos, a tribo era governada pelo pai do futuro Yukon Jack, Makkamakkamakkamaktsptoo – rei em boa parte desse período. No entanto, o longevo rei já previa a passagem do reinado para seu herdeiro quando Walter Langkowski (Sasquatch) apareceu, querendo que seu filho entrasse para a Alpha Flight. O futuro Yukon Jack recusou, mas Langkowski ofereceu uma soma de dinheiro para que o rei drogasse o herdeiro e o entregasse para Langkowski, alegando que o jovem príncipe milenar “cresceria” com a experiência. E assim foi feito.

Relutante com sua participação na equipe, o príncipe recebeu o codinome Yukon Jack para facilitar a comunicação e se envolveu em várias aventuras de um período conturbado da equipe, até se envolver romanticamente com uma cópia temporal de Snowbird (a semideusa Narya) – com quem se casou e finalmente assumiu o reinado dos Kemteron, embora haja indícios de que o casamento tenha tido problemas. Apesar de ser aparentemente um semideus, Yukon Jack não possui superforça, mantendo habilidades físicas compatíveis com alguém em condição física perfeita. No entanto, ele possui grandes habilidades de combate e possui poderes telecinéticos, com os quais manipula os ossos que recobrem seu corpo para vários efeitos. Yukon Jack também é imune a mudanças de temperatura.

036 – SUNFIRE (SHIRO YASHIDA)

Shiro Yoshida é um mutante japonês que se tornou, por um longo período, o maior herói de seu país. No entanto, seu início não foi muito heroico, sendo orientado por seu tio revanchista a se vingar dos EUA por causa das bombas atômicas de Nagasaki e Hiroshima. Seus poderes de absorção de radiação solar e transformação em plasma ionizado seriam derivados de exposição de sua mãe à radiação das bombas.

Passado o tropeço inicial, Sunfire resolveu defender seu país de ameaças, mesmo com algumas passagens rápidas por X-Men e Alpha Flight. Sunfire não chegou a ser membro oficial da Alpha Flight, embora tenha atuado com a equipe por um tempo, durante a fase em que o Department H (mantenedor da equipe na época) tinha uma agenda secreta. Nessa época, os poderes de Sunfire estavam saindo do controle, com seu corpo ficando progressivamente negro – havia a ideia de que ele morreria em pouco tempo e o herói estava em “intercâmbio”, enquanto analisavam sua condição e pesquisavam uma cura. Sunfire também foi o primeiro líder da superequipe japonesa Big Hero Six. Posteriormente, passou um período como membro dos Avengers, onde teve seus poderes aumentados exponencialmente após absorver a energia de um Celestial. De temperamento difícil, é esquentado e recalcado mesmo sendo herói. Sua irmã, com poderes semelhantes, teve uma curta carreira como Sunpyre, e ele também é primo do Silver Samurai (vilão/herói [por curto período]) original.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas Referenciadas

[Listas] Membros da Alpha Flight – 008

Vamos considerar os membros específicos da Alpha Flight, a principal equipe de heróis do Canadá. Não serão considerados aqui membros das equipes em treinamento (Beta e Gamma Flight) e nem da equipe derivada Omega Flight.

029 – GHOST GIRL (STEPHENS) (ativa em Alpha Flight (1997) #20 (março/1999))

Lilli Stephens vivia com seu avô em uma fazenda até que este faleceu e ela foi recolhida pelo orfanato ligado ao Department H (o mesmo que recebeu os meio-irmãos Corbo, Flex e Radius). Se ela foi recolhida lá, é porque já havia suspeitas ou indícios de que teria poderes – e estes logo se revelaram: intangibilidade e criação de portais através de sólidos ao fazer as pessoas passarem por seu corpo (ela sente cócegas quando alguém passa por eles). Assim, Lilli foi levada ao Department H, em um setor chamado “Legacy”, onde ela foi testada e estudada, permanecendo escondida do restante da Alpha Flight. No entanto, por ser rebelde, queria voltar ao orfanato, tentando várias fugas – com isso, descobriu que podia escapar de sua contenção e assim passou a explorar o complexo, onde conheceu Diamond Lil’ (que também estava sendo ocultamente estudada) e Flex, membro da Alpha Flight na época.  Usando um uniforme e o codinome Ghost Girl, Lilli se juntou ao grupo em seu confronto final com a direção subversiva do Department H, e permaneceu por um período depois disso. Não se sabe a origem de seus poderes e nem mesmo a real extensão, mas ela foi “rebaixada” para o grupo de treinamento da equipe, até a equipe ter sido desativada mais uma vez, não tendo sido mais vista depois disso.

030 – EARTHMOVER (ativo em Uncanny X-Men (1963) #421 (junho/2003))

Chuck Moss era um jogador de hóquei no gelo promissor que entrou no radar místico de Shaman, que identificou grande poder místico no rapaz, ligado ao solo. Após conversar com o pai de Moss, este se tornou aprendiz de Shaman, inclusive tendo sua alma disputada com um demônio. Moss se tornou um ávido aprendiz xamânico e recebeu a “bolsa mística” de Shaman como presente. Além de seu treinamento físico de atleta do hóquei, Moss também recebeu treinamento em bushido com Wolverine. Descobrindo que seu totem místico era a minhoca, adotou o codinome de Earthmover e passou a atuar com a Alpha Flight mesmo enquanto ainda estava em treinamento. Embora seus poderes místicos sejam vastos e ainda não devidamente avaliados, há uma afinidade com motivos ligados ao solo, sendo que ele já foi visto animando golens de terra e movendo terra com o auxílio de feitiços. Earthmover não usa uniforme e depois de um período no espaço, seu paradeiro se tornou desconhecido.

031 – CENTENNIAL (ativo em Alpha Flight (2004) #2 (maio/2004))

Rutherford Princeton III era um policial canadense nos anos 1920, que foi “emprestado” à força policial de Chicago durante a época da Proibição de bebidas alcoólicas, no combate ao gangsterismo mafioso. Lá iniciou um relacionamento amoroso com uma Amelia Weatherly (que depois seria a terceira Nemesis), que depois desapareceu e foi dada como morta. Princeton “sepultou” sua amada e retornou ao Canadá para prosseguir a vida, até que entrou em coma por várias décadas, sendo acordado alguns anos atrás por Walter Langkowski (Alpha Flight). Langkowski encontrou seus registros, que mostravam indícios estranhos de sua “assinatura biorrítmica”. Após ser acordado, Princeton demonstrou ter, aos 96 anos de idade, superpoderes – se ele já os possuía no passado, não se sabe. O fato é que, mesmo a contragosto, participou da Alpha Flight com o codinome Centennial, demonstrando superforça, voo, supervelocidade, super-resistência e disparos oculares de energia térmica. Não se conhecem a extensão e a origem desses poderes, e nem mesmo se ele ainda tinha outros não revelados. Atuou ao lado de sua amada Amelia (Nemesis) sem saber. Sabe-se, porém, que, após sair da Alpha Flight, teve algumas aventuras e faleceu, sendo “sepultado” ao lado de sua amada.

032 – MAJOR MAPLELEAF (SADLER JR.) (ativo em Alpha Flight (2004) #2 (maio/2004))

O Major Mapleleaf original era Louis Sadler, um herói canadense da Segunda Guerra Mundial que foi aliado dos Invaders em algumas aventuras. Sadler ganhou seus poderes através de um processo não revelado, incluindo níveis aumentados de força e agilidade, além de retardar seu envelhecimento. Após a guerra, passou a combater o crime no Canadá, até revelar publicamente sua identidade e se aposentar em 1963 para criar seu filho Michael. Homossexual, Michael contraiu AIDS como adulto e faleceu sem criar constrangimento na mídia canadense na época, o que enraiveceu Sadler foi para contê-lo que Northstar revelou sua homossexualidade.

Enquanto isso, o outro filho de Sadler, Louis Sadler Jr, era espancado pelo pai, que o culpava pela morte da mãe. Mesmo assim, cresceu sempre elogiando o pai e seguindo sua carreira, ao se tornar sargento da Polícia Montada. Um humano normal, Sadler Jr. descobriu que seu cavalo lhe conferia superpoderes! O cavalo, chamado Thunder, conferia superforça, voo e invulnerabilidade a ele enquanto estivesse montando. Não se conhece a origem desses poderes, mas, mesmo sem o cavalo, Sadler Jr mantinha-se em boa condição física, com treinamento de combate da Polícia Montada. Sadler Jr. homenageou mais uma vez o pai e se tornou o novo Major Mapleleaf, que acabou entrando para a Alpha Flight. Major Mapleleaf aparentemente morreu no confronto com o Collective (mutante que reuniu a maior parte da “energia mutante” “perdida” no M-Day – quando a maior parte dos mutantes deixou de ser mutante após um feitiço por Scarlet Witch).

Fontes:

Revistas referidas

Official Handbook of the Marvel Universe

[Listas] Membros da Alpha Flight – 007

Vamos considerar os membros específicos da Alpha Flight, a principal equipe de heróis do Canadá. Não serão considerados aqui membros das equipes em treinamento (Beta e Gamma Flight) e nem da equipe derivada Omega Flight.

025 – MANBOT (ativo em Alpha Flight (1997) #1 (agosto/1997))

Pouco se sabe sobre a origem de Manbot, que é um construto biomecânico desenvolvido pelo Department H, o órgão do governo canadense responsável por algumas formações de Alpha Flight. No caso, o pouco que se sabe é que a parte “biológica” de Manbot corresponde a Bernie Lechenay, um ex-funcionário do órgão, do qual parece não haver nenhum resíduo de consciência. Não se sabe quais foram as condições que levaram Lechenay a ser incluído em uma fusão de seu corpo com os restos de uma armadura de Box. O que se sabe é que isso foi feito quando o Department H estava com uma agenda secreta própria e usava Manbot para espionar a Alpha Flight. Após a desativação dessa versão subversiva do Department H, Manbot deixou de atuar na equipe em operações de campo e passou a ser usado em treinamentos de recrutas. Apesar de não ter membros superiores, Manbot possui uma série de armamentos e recursos tecnológicos embutidos em sua armadura, além de níveis aumentados de força e até capacidade de voo, tornando-o um operativo letal, caso seja controlado por pessoas mal-intencionadas.

026 – MURMUR (TRUFFAUT) (ativa em Alpha Flight (1997) #1 (agosto/1997))

A mutante Arlette Truffault foi recrutada pelo Department H “subversivo” que controlou a Alpha Flight. Inicialmente, seu poder de manipulação mental era imprescindível para controlar o novo Sasquatch, sem intelecto humano, que passou a fazer parte da equipe. Mas esse poder, de origem psíquica, acabou se mostrando bastante útil em operações de campo. Mesmo assim, a convivência de Truffault, que usava o codinome Murmur, com o resto da equipe não foi muito tranquila, não só por seu comportamento de eterno flerte, mas também pela desconfiança de que estivesse manipulando os outros. Para exercer sua manipulação mental, Murmur devia tocar fisicamente a “vítima” e sussurrar seu comando – o que a tornava muito semelhante à Purple Girl, uma recruta da Beta-Gamma Flight que era filha do Purple Man – a diferença, porém, é que Purple Girl usava feromônios e Murmur usava mesmo impulsos nervosos. Há algumas informações confusas e não confirmadas de que Murmur também podia tinha o poder de teleporte, mas isso nunca foi confirmado. Murmur perdeu seus poderes no “M-Day” (quando a maior parte dos mutantes perdeu seus genes mutantes após um encanto de Scarlet Witch). Desde então, desconhece-se seu paradeiro.

027 – RADIUS (CORBO) (ativo em Alpha Flight (1997) #1 (agosto/1997))

O mutante Jared Corbo foi criado em um orfanato junto com o meio-irmão Adrian (que se tornaria o herói Flex). Esse orfanato era administrado pelo Department H (o mesmo que reorganizou a Alpha Flight) e, provavelmente, era um “experimento” para monitorar o surgimento de novos mutantes. Como usual com os mutantes, Jared desenvolveu seus poderes ao chegar à puberdade, quando descobriu que seu corpo gerava um campo de força impenetrável constantemente. Esse campo de força é suficientemente poroso para permitir que respire, coma ou evacue, mas não pode ser desativado – só pode ser controlado para se tornar mais fino ou espesso. Com treino, ele conseguiu manipular a forma desse campo de força e também simular superforça com o tempo. Com temperamento expansivo (oposto ao do meio-irmão), Radius persistiu na equipe até o encerramento das atividades dessa encarnação da Alpha Flight e perdeu os poderes no “M-Day”, não sendo mais visto desde então. Já perto do final de sua atuação na Alpha Flight, Radius descobriu que seu pai era o mutante Unus, o que o torna meio-irmão de Unuscione, dos Acolytes (seguidores de Magneto).

028 – SASQUATCH (BIGFOOT) (ativo em Alpha Flight (1997) #1 (agosto/1997))

Quando o Department H “subversivo” reformou a Alpha Flight, trouxe um Sasquatch que se pensava ser o original, Walter Langkowski, involuído para uma psique selvagem e uma forma mais animalesca. Murmur foi recrutada basicamente para controlá-lo e amansá-lo, até que achassem uma forma de “recuperar sua inteligência”. No entanto, o que se verificou era que esse Sasquatch era, na verdade, um pé-grande real! Mesmo assim, seus níveis de força sempre foram semelhantes aos do Sasquatch/Langkowski (que tem um componente místico, além de infusão de radiação gama). Esse Sasquatch animalesco foi morto no confronto final entre a Alpha Flight e o Department H “subversivo” controlado pelo Zodiac.

Fontes:

Revistas referidas

 

[Listas] Membros da Alpha Flight – 006

Vamos considerar os membros específicos da Alpha Flight, a principal equipe de heróis do Canadá. Não serão considerados aqui membros das equipes em treinamento (Beta e Gamma Flight) e nem da equipe derivada Omega Flight.

021 – NEMESIS (THORNE) (ativa em Alpha Flight (1983) #125 (outubro/1993))

Pouco se sabe sobre Jane Thorne, a segunda das três mulheres a vestirem o manto de Nemesis nas histórias de Alpha Flight. O que une essas personagens é o uniforme e a espada mística (uma “espada da alma feita de promethium”, chamada Scell). A entidade “Nemesis” é a “encarnação viva da retribuição” e se refere a atrocidades sofridas em vidas passadas. Porém, não parece ser o caso de Jane Thorne, que aparentemente não estava morta quando recebeu os poderes. O pouco que se sabe dela é que ela liderou um culto de crianças que viviam nos esgotos chamado Children of the Night. Quando o governo canadense criou uma nova equipe de heróis, a nova Gamma Flight, Nemesis estava entre seus membros, e desapareceu com o fim do grupo. Wild Child (atuando como Weapon Omega) foi quem a encontrou, agora sob o comando do vilão Rok. Nemesis (Thorne) foi resgatada por Weapon Omega e entrou para a Alpha Flight até que esta versão da equipe foi encerrada. A partir daí, desapareceu mais uma vez, com destino ignorado. A Nemesis (Weatherly), que viria a ser membro da Alpha Flight um pouco mais tarde, nada tem a ver, a não ser a mesma “maldição” de Nemesis. Como todas as encarnações de Nemesis, Jane Thorne usava a espada mística que podia cortar precisamente qualquer coisa e em qualquer dimensão, além de níveis aumentados de agilidade, rapidez e reflexos. Também podia se teleportar.

022 – WYRE (ativo em Alpha Flight (1983) #125 (outubro/1993))

Não se conhece o verdadeiro nome do mutante Wyre, mas sabe-se que era um assassino que se associou à organização Secret Empire na criação de agentes superpoderosos a seu serviço, por meio de manipulação genética (com seus próprios genes!) – essa atividade foi que modificou o genoma de Wild Child e o deixou mais animalesco. Em certa altura, Wyre se arrependeu do que fazia e passou a caçar e eliminar os seres poderosos transformados pelo Secret Empire. Isso o levou a caçar Weapon Omega (como Wild Child era conhecido na época) e acabou sendo derrotado e capturado pela Alpha Flight. Arrependendo-se de seus últimos atos, Wyre se mostrou confiável e foi aceito como membro da Alpha Flight, onde permaneceu até essa versão da equipe ser encerrada e, depois disso, desapareceu por completo. Wyre possui a capacidade mutante de gerar e controlar psiquicamente filamentos inorgânicos a partir de seu corpo. Além disso, possui níveis aumentados de força e velocidade, além de um fator de cura acelerada. Some-se a isso um extenso conhecimento de armamentos militares. Não se sabe se Wyre perdeu ou não os poderes no “M-Day” (quando Scarlet Witch eliminou os poderes da maior parte dos mutantes do Universo Marvel, no final do evento House of M).

023 – VINDICATOR (CLONE) (ativo em Alpha Flight (1997) #1 (agosto/1997))

James Hudson, o Guardian/Vindicator original, já “morreu” várias vezes e, após sua segunda “morte”, o governo canadense resolveu reativar o Department H e reformar a Alpha Flight. Para liderar essa nova equipe, julgaram que Hudson seria o mais indicado e, para isso, decidiram desenvolver um clone do líder falecido. No entanto, como em seu retorno anterior, Hudson havia sido transformado em um ciborgue com tecnologia alienígena, houve grande dificuldade de desenvolver um clone perfeito. Assim, o resultado foi uma “réplica sintoide semiorgânica aprimorada e altamente avançada” “presa” na idade de 19 anos. Mesmo assim, foram implantadas as memórias do Hudson original, embora de forma falha e entrecortada, além de memórias falsas (na época, o Department H possuía uma agenda secreta com fins escusos). O novo Guardian foi apresentado aos outros membros da Alpha Flight como um Hudson revivido e artificialmente rejuvenescido (o próprio clone acreditava nessa história devido às memórias falsas implantadas). Com o passar do tempo, a verdade foi sendo revelada, e o “jovem Hudson” acabou até atuando em conjunto com o Hudson original, que voltara da “morte” mais uma vez. Nesse período, passou a usar o codinome Vindicator (já que Heather Hudson, a Vindicator anterior, havia se “aposentado”). Usando uma nova versão do supertraje de Hudson, com os mesmos poderes e capacidades, o “jovem Hudson” acabou morrendo em uma explosão em um combate contra a organização terrorista A.I.M.

024 – FLEX (ativo em Alpha Flight (1997) #1 (agosto/1997))

O mutante Adrian Corbo foi criado em um orfanato junto com o meio-irmão Jared (que se tornaria o herói Radius). Esse orfanato era administrado pelo Department H (o mesmo que reorganizou a Alpha Flight) e, provavelmente, era um “experimento” para monitorar o surgimento de novos mutantes. Como usual com os mutantes, Adrian desenvolveu seus poderes ao chegar à puberdade, quando descobriu que conseguia transformar seus membros (braços e pernas) em lâminas metálicas cortantes. Apesar de finas, essas lâminas podiam cortar praticamente qualquer substância e protegiam contra vários tipos de disparos. É provável que, com treino, Adrian pudesse transformar todo o seu corpo em aço orgânico, mas foi com essa capacidade de criar “lâminas” que foi convocado para a Alpha Flight, com o codinome Flex. Com temperamento tímido (oposto ao do meio-irmão), Flex persistiu na equipe até o encerramento das atividades dessa encarnação da Alpha Flight e perdeu os poderes no “M-Day”, não sendo mais visto desde então.

Fontes:

Revistas referidas

 

[Listas] Membros da Alpha Flight – 005

Vamos considerar os membros específicos da Alpha Flight, a principal equipe de heróis do Canadá. Não serão considerados aqui membros das equipes em treinamento (Beta e Gamma Flight) e nem da equipe derivada Omega Flight.

017 – MADISON JEFFRIES (ativo em Alpha Flight (1983) #28 (novembro/1985))

O canadense Madison Jeffries é um tecnopata e tecnocinético, ou seja, ele consegue manipular mentalmente e alterar a forma de materiais (desde que não sejam tecidos vivos) e também se comunicar com tecnologia, não necessariamente apenas inteligências artificiais. Quando jovem, ele e seu irmão (que era um biopata/biocinético, com habilidades semelhantes, mas com tecidos orgânicos – que depois se tornou o vilão Scramble) se alistaram nas Forças Armadas (originalmente, na Guerra do Vietnã). Depois do serviço militar, Madison entrou no grupo de treinamento da equipe de super-heróis do Canadá, a Alpha Flight.

Na estrutura da Alpha Flight, Madison se reencontrou com Roger Bochs, um antigo conhecido, agora atuando com uma armadura tecnológica, com o codinome Box. Bochs enlouqueceu e acabou fundido a Scramble, sendo ambos mortos por Madison. Com isso, Madison “herdou” a armadura e se tornou o novo Box, que, combinado com seus poderes, se tornou uma armadura completamente modificável. Madison permaneceu por muito tempo na Alpha Flight, inclusive se casando com uma colega de equipe, Diamond Lil’. Porém, posteriormente, Madison sofreu uma lavagem cerebral para se tornar o novo Gemini, um dos membros da nova formação da equipe criminosa Zodiac. Não bastasse isso, depois sofreu várias lavagens cerebrais para atuar na organização Weapon X. Após se libertar, Madison foi contatado pelos X-Men para fazer parte de seu núcleo científico (o X-Club), porém Madison já estava instável mentalmente depois de tanta manipulação. A morte de Diamond Lil’ piorou o quadro.

018 – DIAMOND LIL’ (ativa em Alpha Flight (1983) #73 (agosto/1989))

Lillian Crawley teve pouco de seu passado revelado, só se sabendo que foi garçonete. Seus poderes a colocaram no radar do Department H (que estava montando a Alpha Flight) e assim foi convocada para se juntar ao grupo, embora tenha ficado em treinamento na Gamma Flight, com o codinome Diamond Lil’. Quando a Alpha Flight foi desativada pela primeira vez, Lillian saiu de cena e foi vista fazendo parte da primeira formação de Omega Flight (a equipe “anti-Alpha Flight”). Derrotada em todas as tentativas dessa Omega Flight, Diamond Lil’ foi encarcerada.

Algum tempo depois, o governo reformou uma Gamma Flight e convocou Diamond Lil’ para integrá-la em troca de perdão judicial. Na época, a Alpha Flight atuava independentemente do governo e no confronto contra o vilão Llan the Sorcerer, Alpha Flight e Gamma Flight se aliaram. Diamond Lil’ se aproximou da Alpha Flight e retomou seu romance com Madison Jeffries, até que foi aceita na equipe. Diamond Lil’ tinha o poder de gerar uma “aura homeostática” que, na verdade, lhe conferia uma aura de invulnerabilidade. Como a energia cinética de seus golpes não era absorvida em parte por seu corpo, Diamond Lil’ parecia ter um nível aumentado de força (já que a energia cinética se acumulava). Casando-se com Jeffries, Diamond Lil’ teve uma má notícia: manifestou câncer de mama, que se tornou inoperável devido a seu superpoder. Com isso, Diamond Lil’ se aposentou da carreira de super-herói, mas só veio a falecer no evento Necrosha.

019 – WINDSHEAR (ativo em Alpha Flight (1983) #95 (abril/1991))

O mutante Colin Hume nasceu no Canadá, mas se mudou jovem para o Reino Unido. Lá se tornou um agente especial da multinacional Roxxon, com o codinome Windshear. Seus poderes mutantes naturais lhe permitiam criar “ar sólido”, que poderia assumir qualquer forma, como “balas de ar sólido”. Na Roxxon, recebeu uma armadura de combate que também lhe conferia superforça e capacidade de voo, além de potencializar seu poder mutante. Amigo de Madison Jeffries, ele teve de chamá-lo para ajudar em um problema na filial da Roxxon em Denver, EUA. Após se decepcionar com os segredos ocultos da Roxxon, pediu sua membresia na Alpha Flight, onde acabou se tornando até mesmo “administrador” da equipe.

Hume retornou para o Reino Unido quando a Alpha Flight foi desativada mais uma vez e abriu uma loja de “artesanato”, criando objetos de ar sólido. Hume perdeu seus poderes mutantes no M-Day (dia em que a magia do caos de Scarlet Witch eliminou a maior parte dos mutantes) e, com isso, passou a viver do artesanato de “ar sólido” que restou, até que, eventualmente, retornou ao Canadá e passou a atuar como o vigilante Chinook. Nessa nova identidade, Hume consegue gerar lufadas de vento, mas provavelmente por meio de algum dispositivo.

020 – WILD CHILD (ativo em Alpha Flight (1983) #102 (novembro/1991))

O mutante Kyle Gibney tem poderes animalescos, incluindo agilidade, nível elevado de força, dentes e garras afiadas e um fator de cura bem acelerado. Quando sua mutação se manifestou, foi rejeitado pelos pais e passou a viver nas ruas, onde foi capturado pela organização subversiva Secret Empire. Submetido a lavagens cerebrais e experimentos genéticos (usando material genético do mutante Wyre), Gibney ficou ainda mais animalesco e passou a demonstrar fúria incontrolável. Wyre o libertou, mas ele foi logo capturado pelos militares, que o encaminharam para o Department H (criador da Alpha Flight). Com o codinome Wild Child, Gibney passou a treinar com a Gamma Flight até a primeira desativação da Alpha Flight. Gibney faria parte da equipe Omega Flight original (a equipe “anti-Alpha Flight”) e terminou preso.

Gibney recebeu perdão judicial e entrou para a nova Gamma Flight e, com o fim desta, perdeu seu controle novamente. Voltando a um novo Department H, Gibney passou por intenso tratamento psiquiátrico, que lhe deu estabilidade mental. Nessa condição, foi introduzido à Alpha Flight como agente especial do governo e com o codinome Weapon Omega. Como Weapon Omega, chegou até a disputar a liderança da equipe, até que a droga que sustentava sua sanidade passou a perder o efeito. Regredindo novamente à forma de Wild Child, Gibney foi “emprestado” aos EUA, para atuar na equipe X-Factor, e lá ficou até ser absorvido pela Weapon X, onde sofreu novas lavagens cerebrais e teve suas pregas vocais cortadas por Sabretooth. Wild Child perdeu seus poderes no “M-Day”, mas retornou algum tempo depois com seus poderes originais e podendo falar novamente, além de certa estabilidade mental. Não se sabe como isso aconteceu e ele foi dado como morto… mas poucos acreditam nisso.

Fontes:

Revistas referidas

[Listas] Membros da Alpha Flight – 004

Vamos considerar os membros específicos da Alpha Flight, a principal equipe de heróis do Canadá. Não serão considerados aqui membros das equipes em treinamento (Beta e Gamma Flight) e nem da equipe derivada Omega Flight.

013 – PUCK (JUDD) (ativo em Alpha Flight (1983) #1 (agosto/1983))

Eugene Judd nasceu em 1914, em Saskatoon, Canadá e se tornou um mercenário e aventureiro internacional, algumas vezes até atuando como espião. Em uma de suas aventuras, Judd recebeu a missão de roubar a espada mística Black Blade of Baghdad, que ele desconhecia que a espada aprisionava o antigo feiticeiro Black Raazer. Judd libertou o feiticeiro acidentalmente e, para aprisioná-lo mais uma vez, teve de empregar magia. No entanto, isso lhe causou uma maldição, pois a Black Blade consumia a força vital de seus usuários – assim, uma parte de sua força vital foi absorvida e ele se tornou um anão. Porém, um anão com superforça, superagilidade e quase-imortalidade, ainda que sofra de dores atrozes devido à sua nova condição física. Posteriormente, após manipulação genética feita pelo vilão Master of the World, seu corpo e órgãos assumiram uma consistência semelhante à de borracha comprimida, fazendo com que “ricocheteie” em outras superfícies.

Judd continuou sua vida de aventuras em todo o mundo, tendo inclusive participado da Guerra Civil Espanhola, até que finalmente foi contatado pelo Department H (responsável originalmente pela Alpha Flight) e se tornou um super-herói, adotando o codinome Puck. Judd também se tornou um treinador de heróis inexperientes das Beta e Gamma Flight. Puck foi morto junto com outros membros da Alpha Flight quando confrontaram a entidade coletiva de energia mutante Collective e, posteriormente, se encontrou no Inferno. Puck retornou à vida após fugir do Inferno e reassumiu sua membresia na Alpha Flight, tendo também participado de uma versão da X-Force liderada por Storm. Judd é pai de Zuzha Yu, outra Puck, que também foi membro da Alpha Flight.

014 – VINDICATOR (HEATHER HUDSON) (ativa em Alpha Flight (1983) #17 (dezembro/1984))

Heather Hudson era secretária na empresa AmCam, a mesma empresa em que James Hudson (Guardian) desenvolveu seu supertraje. Desenvolvendo uma relação afetiva com Hudson, saiu da empresa com ele quando este “roubou” sua criação. Heather começou a auxiliar Hudson na formação da Alpha Flight para o governo canadense e logo se casou com ele. Inicialmente, Heather servia como contato central para missões, mas resolveu se tornar líder da equipe após a primeira “morte” de Hudson. Sem poderes, Heather assumiu o supertraje do marido (com os mesmos poderes eletromagnéticos) e adotou o codinome Guardian. Heather se tornou uma líder supreendentemente eficiente da Alpha Flight e continuou como líder mesmo quando Hudson retornou da “morte” pela primeira vez – no entanto, mudou seu codinome para Vindicator (já que Guardian ficou com Hudson).

Quando um clone juvenil de James Hudson assumiu a liderança da Alpha Flight, Vindicator recebeu um traje modificado, que passou a empregar energia geotérmica em vez de energia eletromagnética. Agora, além de superforça, voo e geração de campos de força, Vindicator também passou a derreter rochas e manipular lava, além de manipular jatos de água fria e quente. Vindicator morreu no confronto da Alpha Flight com o Collective e retornou à vida no evento Chaos War. No entanto, ela caiu sob o controle mental do arqui-inimigo da Alpha Flight, o Master of the World – e assim se voltou contra a Alpha Flight, inclusive liderando um grupo adversário, o Alpha Strike. Vindicator eventualmente reduziu essa influência mental, mas ainda permaneceu instável, deixando o Canadá com sua filha (com Hudson).

015 – TALISMAN (ativa em Alpha Flight (1983) #20 (março/1985))

Elisabeth Twoyoungmen é filha de Michael Twoyoungmen (o herói conhecido por Shaman) – portanto, faz parte da linhagem de místicos da nação sarcee de nativos americanos. No entanto, a relação entre filha e pai sempre foi problemática – isso porque Michael abandonou Elisabeth ainda criança, após não conseguir salvar a vida de sua esposa apesar de ser um médico renomado. Michael teve uma crise de fé e depressão e passou a viver em uma cabana isolada no meio da taiga canadense (onde viria a se tornar Shaman). Elisabeth foi criada por vizinhos, com ressentimento do pai. Eventualmente, Elisabeth cresceu e se tornou arqueóloga. E foi aí que seu pai voltou à sua vida.

Em uma escavação, Elisabeth se deparou com uma visão que só ela enxergava. Assustada, contatou o pai, contra a vontade, para que entendesse o que estava acontecendo. Revelou-se que era um ataque de uma das Great Beasts, Ranaq the Devourer. No confronto, Shaman ordenou que Elisabeth retirasse um objeto de sua bolsa mística. Tratava-se de uma antiga tiara, a Coronet of Enchantment (Tiara do Encanto) – essa tiara amplificou os poderes místicos natos de Elisabeth, que foram usadas para derrotar Ranaq. A tiara transforma seu usuário em Talisman, o “mago supremo” dos sarcees. No entanto, a tiara não pode ser retirada da testa do “escolhido”, a não ser com uma dor excruciante.

Elisabeth se tornou Talisman contra a vontade, e acabou se juntando à Alpha Flight, agora culpando Shaman por seu destino – ela não queria se tornar uma mística e muito menos uma heroína. Com o passar do tempo, porém, Talisman foi superando as desavenças e até, por um período, teve a tiara retirada (e usada por Shaman, que se tornou o novo Talisman). Elisabeth voltou eventualmente a se tornar Talisman e se tornou uma das grandes heroínas do Canadá, tendo inclusive liderado uma equipe heroica de Omega Flight durante o megaevento Civil War. Os poderes místicos de Elisabeth são imensos e ainda estão em desenvolvimento, e descobriu-se que, mesmo sem a tiara, ela possui poderes místicos natos.

016 – BOX (BOCHS) (ativo em Alpha Flight (1983) #24 (julho/1985))

Roger Bochs era um brilhante engenheiro e mecânico que perdeu ambas as pernas – para compensar, desenvolveu um robô humanoide que controlava através de ondas mentais. Inicialmente desenvolvido para trabalho braçal, o robô controlado mentalmente atraiu a atenção de James Hudson (Guardian), que chamou Bochs para treinamento na Alpha Flight – o robô passou a ser chamado de Box. Com o primeiro desbaratamento da Alpha Flight, Bochs saiu do radar quando Hudson reformou a equipe e ele guardou ressentimento, tendo feito parte da primeira Omega Flight (equipe “anti-Alpha Flight”). Arrependido, Bochs aprimorou seu robô com o auxílio do mutante (e colega de Alpha Flight) Madison Jeffries, e passou a entrar no corpo do robô para controlá-lo diretamente. Bochs retornou à Alpha Flight no momento em que a alma de Sasquatch passou a habitar Bochs – nesse período, Bochs permaneceu como cientista residente da equipe, até retomar o controle de seu robô, já sem a alma de Sasquatch.

Porém, querendo atrair o amor de Aurora, resolveu reconstruir suas pernas e, para isso, recorreu ao irmão de Jeffries, Scramble. Jeffries possui afinidade telecinética por material inorgânico e Scramble tem afinidade telecinética por material orgânico. Assim, o mentalmente instável Scramble desenvolveu novas pernas para Bochs, a partir de material orgânico de cadáveres. A medida não surtiu o efeito desejado em Aurora e também não teve sucesso tecnicamente, pois as pernas começaram a apodrecer. Graças a essas decepções e, talvez, por interferência da própria instabilidade mental de Scramble, Bochs resolveu se “vingar” e se fundiu a Scramble em uma criatura chamada Omega. Bochs morreu com a derrota de Omega e a identidade de Bochs como Box passou para seu amigo Madison Jeffries, que reconstruiu o robô como uma armadura.

Fontes:

Revistas referidas

DP7: Paranormais realmente deslocados! – parte 3

Como vimos na segunda parte do post, Gruenwald achava que o New Universe seria apenas um experimento e se encerraria lá pela edição 12 (algumas séries já haviam sido canceladas, como Kickers Inc. e Marc Hazzard – Merc). Portanto, não havia plot planejado para além da edição 13. Isso teria reflexos patentes pelo restante da série, e teria de ser resolvido logo.

Gruenwald tinha condição de tirar isso de letra, pois era um roteirista experiente (embora tenha mantido a distância de apenas uma edição para desenvolvimento do plot – ou seja, ele escrevia o plot da continuação da história apenas depois que terminava a edição anterior), mas cabe aqui ressaltar que, mesmo parecendo ser uma produção moderna, havia ali uma série de “vícios”, principalmente aqueles que agradavam a Jim Shooter – que eram de sempre incluir dilemas pessoais nas histórias dos personagens, para conferir “profundidade” às caracterizações.

Gruenwald extrapolou nisso em toda a série, não só nessas edições iniciais “planejadas”, de forma que a leitura se torna chata e incômoda quando se martela sempre as mesmas coisas – como, por exemplo, o amor não correspondido entre Friction e Antibody (inclusive com uma leve discussão racista), a saudade dos filhos e do marido que aflige Glitter, o amor platônico e adolescente de Mastodon por Glitter e daí por diante.

A falta de planejamento também se refletiu na constante mudança de plots da série, que foi se tornando cada vez mais uma história de super-heróis. Passamos para uma fase em que os DP7 administram a clínica (e, inclusive, lidando com a formação de gangues que provocam conflitos), depois se envolvem com o evento The Pitt, a clínica é desativada, os membros do sexo masculino são alistados no Exército para uma eventual guerra contra a URSS (evento The Draft) e as mulheres se tornam agentes da CIA (?!?) e, finalmente, Twilight morre, Mastodon e Antibody desertam, Glitter se separa do marido e todos tentam nova vida em Nova York, onde encontram um curandeiro que “cura” alguns deles.

Novos personagens foram incluídos, como Mutator e Sponge, um membro veio da equipe Psi-Force, e até Jenny Swensen (que pilotava a armadura tecnológica Spitfire, com título próximo, já cancelado) se juntou ao grupo e sofreu mutação, tornando-se uma mulher com pele metálica e superforça, com codinome Chrome. E Chrome até começou a atuar como super-heroína com um tal Captain Manhattan.

E isso também foi outro problema complicador: Gruenwald acrescentou uma grande quantidade de novos personagens, que tornou toda a série difícil de gerenciar. Com isso, pode-se ver que se perdeu totalmente a espinha dorsal da série. DeFalco até propôs uma “repactuação” do New Universe quando assumiu como editor-chefe, mas Gruenwald praticamente ignorou.

Mesmo com tantos problemas, Gruenwald abordou temas ousados para a época, como eutanásia, abuso de menores, militarismo, AIDS (que estava no auge da paranoia), apesar do rame-rame psicológico exagerado dos dilemas pessoais dos personagens. E isso contrastava com algumas abordagens mais infantis e ingênuas de alguns personagens ou situações, que era denunciada pelos diálogos ou pelos próprios pensamentos de dilema de cada personagem.

Gruenwald e Ryan (ambos falecidos atualmente) adoravam seus personagens, mas nem isso salvou DP7 do cancelamento – e até, inclusive, na edição final, fala-se que a despedida é apenas da “versão mensal” da revista. De fato, Paul Ryan disse mais recentemente que havia planos de uma minissérie e uma graphic novel de DP7, a serem produzidas pela dupla. Infelizmente, Gruenwald faleceu antes de concluir o plot desse material.

Houve um revival de DP7 em um one-shot em 2006, mas, apesar de Ryan ainda estar vivo, a produção ficou com C.B. Cebulski e M.D. Bright, com um resultado morno.

DP7 não chegou a ser “rebootado” na série Newuniversal, de Warren Ellis, mas poderia ter alguns personagens “importados” para o Universo Marvel atual, assim como já aconteceu com Starbrand, Nightmask e Spitfire (que se suspeita ser Pod, dos New Avengers).

Fontes:

Revistas referidas

HOWE, Sean – The Untold Story of Marvel Comics

SANDERSON, Peter – Marvel Chronicle

Wikipedia

DP7: Paranormais realmente deslocados! – parte 2

Como dissemos na primeira parte do post, DP7 (1986) foi a única série do New Universe que não mudou de equipe criativa: Mark Gruenwald (roteiro) e Paul Ryan (arte). Apenas o anual da série foi desenhado por outro artista, Lee Weeks. Foram 32 edições entre novembro/1986 e junho/1989. Foi um dos grandes sucessos da linha, mas isso não quer dizer que tudo estivesse perfeito.

De fato, embora exibisse novidade e modernidade na época de seu lançamento, DP7 foi progressivamente se tornando mais e mais uma versão mais “light” do Universo Marvel. Não que os personagens do Universo Marvel aparecessem por lá, mas na temática, no estilo de histórias e na caracterização de personagens. Não bastasse isso, perdeu-se o rumo do plot – não se sabia para onde se estava indo.

Mark Gruenwald estava entusiasmado com o projeto do New Universe – curiosamente, foi uma surpresa, pois Gruenwald era o maior especialista na cronologia do Universo Marvel e estava totalmente embrenhado na organização do mesmo. Provavelmente o desafio de criar personagens e universo do nada era mais atraente. Esse interesse foi tamanho que Gruenwald fez um estudo de 14 grupos de heróis diferentes, e resolveu criar algo diferente esses grupos já existentes.

A ideia surgiu no final da minissérie Squadron Supreme (1985), sua obra-prima nos comics. As últimas 4 edições da minissérie (e a graphic novel posterior) foram desenhados por Paul Ryan, que recebeu convite de Gruenwald para acompanhá-lo no New Universe. Com seu traço clássico e ao mesmo tempo moderno, Ryan seria uma escolha apropriadíssima para um universo “mais real” – e não tinha nada engatilhado no momento.

Gruenwald queria que a revista se chamasse Missing Persons (Pessoas Desaparecidas) – desde o início ele queria mostrar um grupo de paranormais em fuga (isso também foi aproveitado por Jim Shooter na Valiant, com a série Harbinger). Inicialmente, Gruenwald criou um grupo de 6 paranormais, mas desses daí apenas dois vingaram no formato final: Blur e Twilight. Gruenwald mudou o nome da série para Missing Paranormals (Paranormais Desaparecidos), para evidenciar do que se tratava e, finalmente, aceitou a sugestão de Jack Morelli – mudou para Displaced Paranormals (Paranormais Deslocados) – e daí veio a sigla DP7, porque Gruenwald queria uma vibe meio punk, meio new wave (as tendências da época).

Muito bem, Gruenwald chegou aos 7 personagens básicos da história, todos morando no estado de Wisconsin: Blur (Jeff Walters, um supervelocista, que parecia um borrão por estar sempre se mexendo), Twilight (Lenore Fenzl, uma representante da terceira idade que emite uma luz calmante a partir de sua pele – esse poder se revela depois ser “vampiresco”, pois ela absorve a energia vital das pessoas e se rejuvenesce), Scuzz (Scuzz Cuzinsky, um adolescente rebelde e encrenqueiro que exala ácido pelos poros da pele – isso depois evoluiria para fogo em situações de estresse), Friction (Charly Beck, que consegue controlar mentalmente o atrito em suas proximidades, tornando superfícies escorregadias ou “grudentas”), Glitter (Stephanie Harrington, uma dona de casa que emite energia como faíscas a partir do corpo e cuja energia extra hiperativa as pessoas ao redor – ela também se torna superforte em um efeito rebote), Mastodon (Dave Landers, um “gigante” musculoso e superforte, cujo corpo continua desenvolvendo músculos) e Antibody (Randy o’Brien, um médico que gera “cópias negativas” autônomas de si mesmo).

Inicialmente, os sete se encontram em uma clínica de estudo e auxílio aos paranormais surgidos após o White Event (o evento cósmico que concedeu esses poderes), só que descobrem que a real intenção da clínica é transformá-los em armas vivas, para propósitos próprios ou futura “venda”). Isso cria revolta e os sete se tornam fugitivos da clínica, que envia agentes para captura-los.

Essa premissa original se manteve nas primeiras 13 edições, com os fugitivos sendo recapturados e eventualmente recondicionados mentalmente, até que Antibody e Mastodon se libertam e descobrem toda a tramoia, inclusive de que o diretor da clínica, Philip Voigt, era ele mesmo um superparanormal, capaz de replicar e amplificar os poderes de outros paranormais. Seu objetivo? Conquistar o mundo, colocando os paranormais como casta superior da humanidade.

Quem lê as edições 12 e 13 percebe que elas concluem uma fase – e é justamente esse o caso: Gruenwald não apostava que a série durasse mais que 12/13 edições e não possuía um plot de longo prazo para a série. Mesmo durante essa fase bem-sucedida, também havia críticas quanto ao “furo” cronológico – embora a premissa do New Universe indicasse uma passagem de tempo semelhante à dos leitores, Gruenwald ignorou isso e fez com que essas edições transcorressem em apenas cerca de um semestre.

De qualquer forma, isso não foi suficiente para inviabilizar a série, pois tratava-se de um “detalhe técnico” – no entanto, havia um problema mais sério a enfrentar: o que contar se Gruenwald não havia planejado nada além disso? É o que veremos na terceira parte do post.

Fontes:

Revistas referidas

HOWE, Sean – The Untold Story of Marvel Comics

SANDERSON, Peter – Marvel Chronicle

Wikipedia

DP7: Paranormais realmente deslocados! – parte 1

Em 1986, o então editor-chefe da Marvel, Jim Shooter, queria uma comemoração especial para os 25 anos do Universo Marvel como conhecemos hoje (que começou em 1961, com o lançamento de Fantastic Four). A ideia que teve foi sui generis: comemorar o surgimento de um universo ficcional com o surgimento de outro!

Na verdade, essa foi a consequência final – Shooter queria mesmo era rebootar o Universo Marvel (sim, Shooter teve uma ideia semelhante à do Universo Ultimate anos antes), atualizando as origens e a caracterização dos personagens aos anos 1980. Também pretendia prover um ponto de partida para os novos leitores, talvez influenciado por Crisis on the Infinite Earths da DC. A ideia foi rejeitada pelos executivos da Marvel porque… não havia necessidade. A Marvel estava em um ótimo momento, principalmente depois da “DC Implosion” (a DC inclusive ofereceu títulos à Marvel para “terceirização”) – ou seja, o Universo Marvel era um sucesso como estava e não havia a reclamação-muleta (tão usada hoje em dia) de que a cronologia era um peso. Muito pelo contrário, Shooter capitaneou talvez o período em que a cronologia e a continuidade da Marvel foram mais bem preservadas e organizadas!

A ideia de um “universo virgem”, no entanto, não foi abandonada. Shooter recebeu um orçamento de US$ 120.000 para fazer acontecer. O projeto foi repassado para Tom DeFalco, que deveria organizar um novo universo de heróis, sem relação com o Universo Marvel. E o negócio não foi para a frente. Foi justamente quando Shooter tomou a frente do projeto que a coisa andou. A definição das “regras” do novo universo foi feita em conjunto entre ele, DeFalco, Mark Gruenwald, Archie Goodwin, Elliott Brown (designer) e John Morelli (letrista).

A novidade seria a forma como esse novo universo funcionaria. Uma das coisas que marcou o sucesso da Marvel no ramo de super-heróis foram histórias mais “reais”, com os heróis enfrentando problemas do dia a dia ao mesmo tempo em que enfrentavam vilões, alienígenas, etc.  Outros fatores que conferiram sucesso à Marvel foram justamente cronologia e continuidade. Shooter queria ir além desses elementos: assim nasceu o New Universe, um universo sem superseres até o misterioso White Event (ocorrido em 22 de julho de 1986, às 4:22 da manhã do horário de Nova York). Esse White Event conferiu superpoderes a alguns humanos, que assim começariam a se adaptar às suas novas realidades e seus novos poderes – esses humanos passariam a ser chamados de “paranormais”. Afora isso, não haveria alienígenas, deuses, monstros e criaturas, nem raças ocultas e civilizações perdidas. Bem, não em excesso, pelo menos. Da mesma forma, as histórias ocorreriam com datas definidas, tentando reproduzir o nosso próprio fluxo de tempo.

Com essa definição, partiu-se então para a definição dos títulos e personagens – e foram lançadas oito séries regulares logo no início! Dessas 8, 4 duraram até o final da linha, em 1989. Curiosamente, o New Universe durou mais que Shooter na Marvel (que saiu em 1987) – Shooter foi substituído no cargo por DeFalco, que ainda tentou salvar o New Universe, sem grande sucesso. Shooter, no entanto, levou esse conceito de novo universo para a editora Valiant, que começava em 1988 a montar seu primeiro universo (e esse conceito durou alguns anos, enquanto Shooter foi seu editor-chefe também).

Depois de alguns anos aparecendo em crossovers com outras séries (como Quasar e Exiles), o New Universe foi revivido em alguns especiais em 2006 e, posteriormente, sofreu um “reboot”, correspondendo ao projeto Newuniversal (também em 2006), de Warren Ellis, que foi interrompido.

Dos 4 títulos que sobreviveram até o final, um deles tem o destaque de ter tido uma única equipe criativa: DP7 teve suas 32 edições produzidas por Mark Gruenwald (roteiro) e Paul Ryan (arte). Apenas o anual foi desenhado por Lee Weeks, e não Ryan.

DP7 é a sigla para Displaced Paranormals 7 – que não era o nome que Gruenwald queria originalmente. Vamos ver qual era o nome original, como Gruenwald desenvolveu os personagens e o que foi a série em si na segunda parte deste post.

Fontes:

Revistas referidas

HOWE, Sean – The Untold Story of Marvel Comics

SANDERSON, Peter – Marvel Chronicle

Wikipedia

[Listas] Membros da Alpha Flight – 003

Vamos considerar os membros específicos da Alpha Flight, a principal equipe de heróis do Canadá. Não serão considerados aqui membros das equipes em treinamento (Beta e Gamma Flight) e nem da equipe derivada Omega Flight.

009 – NORTHSTAR (ativo em Uncanny X-Men (1963) #120 (abril/1979))

O canadense Jean-Paul Beaubier perdeu seus pais ainda criança. Ele e sua irmã gêmea, Jeanne-Marie (atualmente a heroína Aurora) foram adotados por famílias diferentes e se separaram, com os pais adotivos de Jean-Paul também morrendo a seguir.  Mesmo assim, Jean-Paul se tornou um esquiador profissional e recordista quando ainda era adolescente. Seus poderes mutantes também se manifestaram nessa época, aprimorando suas habilidades esportivas – o que o levou a se entediar por falta de adversários do mesmo nível. Após um período como terrorista lutando pela independência do Quebec, Jean-Paul se tornou um super-herói na equipe canadense Alpha Flight, conhecido como Northstar.

Os poderes de Northstar envolvem basicamente voo superveloz, com reflexos também em seus reflexos, nível de força, densidade corporal e resistência. Também como resultado de sua mutação, possui orelhas pontudas e olhos amendoados. Northstar também consegue, sob certas circunstâncias, acumular um pouco de energia cinética e dispará-la como energia concussiva. Posteriormente, Northstar também desenvolveu a capacidade de gerar explosões térmicas. Ainda, quando em contato físico com sua irmã gêmea (Aurora), consegue gerar um flash massivo de energia fotônica/luminosa, cuja intensidade luminosa ele também não consegue suportar. De temperamento difícil, Jean-Paul também entrou nos X-Men primeiramente como membro de uma equipe temporária emergencial e depois após ter aceito se tornar professor da Xavier School. Jean-Paul tem uma relação homoafetiva com um companheiro não mutante.

010 – SASQUATCH (LANGKOWSKI) (ativo em Uncanny X-Men (1963) #120 (abril/1979))

Walter Langkowski é um biofísico canadense que se dedicou a “controlar” a tecnologia de transformações por radiação gama “descoberta” por Bruce Banner (Hulk). Assim, começou a se autoaplicar doses controladas de radiação gama em seu laboratório avançado no Ártico.  Aparentemente, o processo foi dando resultado e ele passou a se transformar em uma versão alaranjada da criatura “sasquatch” (pé-grande), com aumento enorme de massa muscular, garras superafiadas e pelos alaranjados. Sua transformação também era inicialmente controlada, dependendo de concentração e da força de vontade (posteriormente, isso foi evoluindo para transformações quase instantâneas) e, diferentemente da maior parte das encarnações do Hulk, Langkowski mantém sua mente e intelecto durante a transformação. Quanto à sua coloração alaranjada em vez de esverdeada (como é o caso da maior parte das criaturas transformadas por radiação gama), Langkowski aventou a hipótese de alguma interferência de radiação da Aurora Boreal. Adotando o codinome Sasquatch, Langkowski acabou se tornando um “herói-cientista”, juntando-se à Alpha Flight.

No entanto, depois de um período, parece que a radiação gama não foi a única origem da transformação de Sasquatch. Revelou-se que os experimentos de transformação da Langkowski abriram também um portal para a dimensão de exílio das Great Beasts, e uma dessas entidades, Tanaraq, atravessou o portal e “possuiu” o corpo do cientista. De fato, a aparência de Sasquatch é a de Tanaraq, e essa possessão cobrou seu preço algum tempo depois, quando a entidade tomou controle de Sasquatch. Esse controle resultou na morte de Sasquatch, que teve seu coração arrancado por Snowbird, que assumiu a forma de uma “Sasquatch” branca. O corpo morreu, mas a alma de Langkowski não, pois “trocou de lugar” com a de Tanaraq, ficando aprisionada na dimensão das Great Beasts. Depois de um período por lá, sua alma foi resgatada e habitou por um período a armadura de Box (atuando na Alpha Flight nessa condição, portanto) e, depois, ocupando o corpo de Snowbird (que também havia morrido). Nesse período, Langkowski se tornou mulher quando na forma humana (já que o corpo de Snowbird era feminino), assumindo o nome de Wanda Langkowski. De qualquer forma, o sexo de Langkowski foi consertado por vias místicas e, desde então, Sasquatch se tornou um dos esteios da Alpha Flight, tendo inclusive reformado a equipe em um período.

011 – SHAMAN (ativo em Uncanny X-Men (1963) #120 (abril/1979))

Michael Twoyoungmen era um médico cirurgião de origem nativa americana (da nação sarcee) que renegou sua herança mística familiar. Neto de um xamã, Twoyoungmen era destinado a ser o novo e poderoso xamã de sua nação indígena, mas resolveu se dedicar à ciência por simplesmente não acreditar em magia. O destino, porém, foi implacável, pois sua esposa adoeceu e ele não conseguiu salvá-la (e seu avô morreu no mesmo dia). Decepcionado com a ciência, Twoyoungmen deixou sua filha Elizabeth, ainda criança, aos cuidados de amigos e se exilou em uma cabana isolada no interior do Canadá. Lá ele recebeu a visita do espírito de seu avô, que fez com que voltasse sua atenção para o misticismo. Depois de anos de estudos e treinamento, Twoyoungmen se tornou o xamã que estava destinado a ser e ainda ajudou no parto da semideusa Narya (que seria Snowbird posteriormente). Twoyoungmen ficou encarregado de criar Narya em sua cabana e isso chegou ao conhecimento do casal Hudson (James e Heather – futuros Guardian e Vindicator), que estavam formando a Alpha Flight e os recrutaram para a equipe.

Atuando com o codinome Shaman, Twoyoungmen conta com feitiços e encantos de magia sarcee, além de uma bolsa mística que serve de portal para uma dimensão restrita – Shaman pode guardar e retirar praticamente qualquer coisa dessa bolsa. No entanto, a psique de Shaman sempre se mostrou instável, com o médico místico sempre entrando em períodos de depressão e autopunição. Sua filha Elizabeth se tornou a heroína Talisman (defensora mística da nação sarcee) contra a vontade, o que piorou ainda mais a conflituosa relação entre os dois na convivência na Alpha Flight. Twoyoungmen também se tornou Talisman por um período, retornando à sua condição de Shaman depois.

012 – MARRINA (ativa em Alpha Flight (1983) #1 (agosto/1983))

Marrina Smallwood é uma alienígena da espécie plodex. Os plodex são uma espécie de “conquistadores genéticos” – eles se disseminam por vários planetas habitados através de ovos que, quando eclodem, adquirem as características genéticas da espécie viva mais próxima. No caso de Marrina, seu ovo ficou milhares de anos em animação suspensa no fundo do Atlântico Norte e, por sua casca ser porosa, imprimiu características de adaptação aquática em seu DNA. Seu ovo foi finalmente coletado por um pescador, que o trouxe para casa. Sua esposa abriu o ovo antes do período certo, o que teria conferido o “sexo feminino” ao embrião, que também adquiriu aspecto humanoide (com as já previstas adaptações aquáticas). Adotada pelos pescadores, Marrina teve infância e adolescência normais em seu vilarejo, até ser convocada pela Alpha Flight.

A criação simples e carinhosa de Marrina conformou sua índole, que se tornou tímida e delicada. No entanto, a verdadeira natureza agressiva dos plodex permanece em seu âmago e se revela em alguns momentos, com um descontrole feroz – que se torna mais exacerbado na época do acasalamento dos plodex. Mesmo assim, Marrina usou seus poderes anfíbios, além de superforça, supervelocidade, garras e controle mental de grandes volumes de água (como ondas e turbilhões) a serviço da Alpha Flight. Marrina também se tornou esposa de Namor the Sub-Mariner e, portanto, soberana de Atlantis. Nesse período, atuou entre os Avengers. Mas, também foi nesse período que se revelou outro grande segredo: a forma humanoide era apenas uma de suas formas possíveis. Foi sua condição de gravidez resultante de seu relacionamento com Namor que fez despertar a outra forma, de uma gigantesca e selvagem serpente marinha (de onde extrai a massa corporal adicional, não se sabe). Atacou os Avengers nessa forma e acabou morta – seu DNA foi, porém, encontrado e usado em outros momentos para recriar esse tipo de serpente marinha. A verdadeira Marrina voltou da morte, junto com outros membros da Alpha Flight, durante o evento Chaos War. No entanto, ela retornou diferente, com uma personalidade mais rebelde e proativa – o que pode significar certo tipo de equilíbrio psicológico.

Fontes:

Revistas referidas