Diamondback… Aquela que sempre acontece alguma coisa na hora H…

Diamondback (Rachel Leighton) é uma personagem da Marvel que sofre da síndrome do personagem Sandoval Quaresma, da Escolinha do Professor Raimundo – sempre na hora de tirar o dez, errava!

Criada por Mark Gruenwald e Paul Neary, em Captain America (1959) #310 (outubro/1985), ela tinha função de ser mais uma vilã temática do sindicato de supervilões Serpent Society, também criado pela mesma dupla. E, bem, a temática era bem tangencial. “Diamondback” é o nome em inglês de uma das espécies de cascavel dos desertos americanos – “cascavel-diamante” em português. Mas a única semelhança dessa Diamondback com uma cascavel era que ela atirava dardos em forma de diamante, basicamente afiados e/ou pontiagudos, mas também com outras capacidades (explosão, gás, ácido, etc).

Rachel Leighton é o segundo personagem da Marvel a ter o codinome Diamondback – o primeiro é um famoso inimigo de Luke Cage (que inclusive apareceu na série do herói no Netflix) que, na versão dos quadrinhos, era mais temático que Rachel. Enfim, Diamondback era provavelmente uma “bucha de canhão” que Gruenwald colocou no grupo de vilões para dar volume, mas sem grandes planos de desenvolvimento – era apenas uma criminosa sedutora e dissimulada, que estava sendo treinada por Anaconda – essa, sim, um dos destaques do grupo. Se precisasse descartar algum personagem, Diamondback estaria no pacote, certamente. Só que Gruenwald ficou anos escrevendo Captain America e… os planos mudaram e, com isso, a personagem sofreu um grande desenvolvimento.

Esse movimento de mudança começou a se esboçar quando Diamondback se recusou a enfrentar Captain America, ou quando até tentou se aliar a ele contra o assassino de vilões (Scourge of the Underworld).

Mas a grande mudança veio quando Gruenwald contou a história de um “golpe de Estado” dentro da Serpent Society, em que o antigo líder Sidewinder (também outro tipo de cascavel) foi deposto, e Diamondback foi um dos poucos que se manteve fiel a ele. Diamondback pediu a ajuda de Captain America e seus aliados para resgatar os outros membros da “resistência” e, depois, se resolveu a situação política dentro do grupo, de onde Diamondback logo se desligou… por quê? Porque a semente da “regeneração” havia sido plantada.

Diamondback logo se aproximou de Captain America, tentando ganhar sua confiança em team-ups em aventuras… até que conseguiu o primeiro encontro, e parecia estar sendo engatado um novo romance (que ela contava com o apoio das colegas de Serpent Society Black Mamba e Asp). Isso obviamente teve consequências: ela foi capturada, julgada e condenada à morte por traição pela Serpent Society, tendo sido resgatada por Cap.

Diamondback, Black Mamba e Asp formaram um grupo de investigadoras particulares (ou heroínas ou ladras “do bem”, dependendo do caso), chamado BAD Girls, Inc. (o “BAD” em maiúsculo pois são as iniciais do trio). Mas Diamondback acabou se envolvendo com a vilã ultrafeminista Superia e até assassinou a vilã Snapdragon… e aí começou o grande drama.

Diamondback vivia um grande drama romântico – ela queria conquistar o coração de Captain America e ser uma heroína, mas seu passado de criminosa parecia sempre arrastá-la de volta para o crime ou a vilania. Agora, com a morte de Snapdragon, ela acrescentava ainda mais drama a isso, principalmente porque Cap também se martirizava pela morte acidental de um agente da ULTIMATUM (organização do vilão Flag-Smasher) que ele causou – como resolver essa questão?

O drama existencial de Diamondback começou a ser revelado por Mark Gruenwald ao destrinchar o passado mais distante de Rachel – ela e seus irmãos foram delinquentes juvenis, em uma gangue liderada por Brock Rumlow, aquele que viria a se tornar o vilão Crossbones (geralmente associado ao Red Skull). Não bastasse isso, Rumlow matou um de seus irmãos e ainda estuprou (!!) e abusou de Rachel! E mais, o irmão sobrevivente de Rachel se tornou o vilão Cutthroat, que trabalhava para o Red Skull, na tentativa de se vingar. Olha que “novela mexicana” Gruenwald desenvolveu!

O fato é que todo esse imbróglio acabou inviabilizando o romance, e Diamondback até mesmo chegou a atuar como heroína, seja sozinha ou com as BAD Girls, Inc. Mas foi infectada por nanossondas de controle mental por conspiradores, o que a levou a cometer novos crimes, até que o herói Citizen V derrotou o grupo. Diamondback ficou neurologicamente abalada e sob custódia da SHIELD.

Aparentemente se recuperando, Diamondback conseguiu retomar o romance com Captain America, mas foi morta pelo Red Skull… bem, na verdade, quem morreu foi um LMD (Life Model Decoy, um androide perfeito), que a substituiu enquanto ela ainda se recuperava – a verdadeira Diamondback havia superado o romance…

Diamondback então entrou para a Initiative, programa estatal de super-heróis dos EUA, inicialmente no grupo de infiltração e, depois, tornando-se até mesmo líder de uma equipe (Women Warriors, do estado do Delaware). Essa curta fase foi seguida por um período em que ela foi uma das líderes da Initiative, engatando um romance com o vilão mercenário Constrictor (então interessado em se regenerar)… tudo parecia resolvido, maaaaassss… Constrictor viu Diamondback e Captain America conversando animados e… achou que estavam se entendendo de novo… e o romance acabou.

Diamondback ainda atuou como agente de SHIELD e, mais recentemente, voltou ao crime, em uma nova encarnação da Serpent Society, apenas para traí-la de novo em favor dos heróis. Então, pela enésima vez, Diamondback chegou perto… mas na hora H, falhou.

No que a personagem falha afinal? Em se definir, seja como heroína, ou como vilã (e, com isso, em se tornar uma personagem de destaque); em definir suas relações amorosas; em definir suas razões de ser e existir como personagem. Mark Gruenwald criou a personagem para ser coadjuvante, começou a se interessar por ela e desenvolver um passado detalhado e a definir caracterizações e motivações, através de seus dramas pessoais, para, depois disso… nada.

É verdade que Gruenwald faleceu logo depois de deixar de escrever Captain America e, aparentemente, os roteiristas que trabalharam com a personagem não tinham o mesmo interesse nela. A única dupla que demonstrou interesse, investindo mais na personagem – Dan Slott e Christos Gage, que coescreveram a série Avengers – The Initiative (2008 ) – aparentemente quiseram dar o mesmo fim trágico de azar romântico à personagem (e isso provavelmente pelo “humor negro” de Slott).

Se Gruenwald não tivesse falecido precocemente, é muito provável que a história de Diamondback fosse outra, e ela pudesse ter tido o destaque que Songbird e Moonstone têm hoje (já tiveram mais no passado, mas gozaram de mais destaque que Diamondback). Diamondback é uma das personagens que foi bem até quase se consagrar/estabelecer, aí escorregou… e aconteceu isso mais de uma vez… quem sabe da próxima?

Fontes:

Revistas referidas

Official Handbook of the Marvel Universe

Wikipedia

 

[Listas] Principais inimigos de Wolverine – 003

Vamos conferir os principais inimigos de Wolverine. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

009 – HAND (primeiro confronto: Wolverine (1982) #4 (dezembro/1982))

A Hand é uma organização mística criminosa japonesa que opera internacionalmente. Fundada originalmente como uma sociedade secreta de samurais em 1588, boa parte de seus integrantes optou por seguir um antigo clã de ninjas, chamado Snakeroot, que servia a um demônio chamado Beast (não confundir com o Beast dos X-Men). Isso corrompeu a organização, que também passou a utilizar magia negra em suas atividades, inclusive dominando a técnica de ressurreição mística e do controle mental dos revividos. Uma pequena seita de ninjas que manipulavam magia branca, chamada Chaste, passou a confrontá-la. Stick, o sensei cego que treinou Matt Murdock/Daredevil, fazia parte da Chaste, assim como o enigmático Master Izo, que se apresentou anos depois para auxiliar Daredevil. A Hand está envolvida em várias atividades criminosas em todo o mundo, e também se alia a outras organizações criminosas internacionais, como a Hydra. Os ninjas “comuns” da Hand virtualmente “vaporizam” quando mortos.

010 – SILVER SAMURAI (KENUICHIO HARADA) (primeiro confronto: Uncanny X-Men (1963) #173 (setembro/1983))

Kenuichio Harada era um mutante japonês com o poder de criar um campo de táquions que ele podia estender para qualquer objeto. Assim, costumava estendê-lo para sua espada, que, com isso, se tornava capaz de cortar qualquer coisa. Silver Samurai teve uma carreira variada, sendo supermercenário, superagente da Hydra, parceiro da Viper (Madame Hydra), chefe do clã Yashida ligado à Yakuza e até herói (como membro da equipe japonesa Big Hero Six). Inicialmente inimigo de Daredevil, logo passou a enfrentar Spider-Man, New Mutants, X-Men e Wolverine. Com relação a Wolverine, existe uma outra ligação mais relevante: Kenuichio era filho ilegítimo de Shingen Harada e, portanto, meio-irmão de Mariko Yashida.  Morto em um ataque de ninjas da Red Right Hand, logo foi substituído por seu filho, Shin Harada, que usa uma armadura high-tech.

011 – VIPER (SARKISSIAN) (primeiro confronto: Uncanny X-Men (1963) #173 (setembro/1983))

Ophelia Sarkissian era uma órfã húngara que acabou sendo criada pela Hydra. Crescendo sob influência da doutrinação da Hydra, Ophelia acabou se tornando uma agente de prestígio, logo chegando à posição de líder da organização, como Madame Hydra. Especialista em artes marciais e grande estrategista, sempre utilizando armamento e tecnologia avançados (incluindo teleporte), também se especializou em armas e dispositivos contendo venenos, aos quais se tornou imune. Ophelia acabou saindo da Hydra e tornando-se a nova Viper, atuando em outras organizações, como Hand, Hellfire Club e Secret Empire. Também se empenhou em objetivos particulares, como controlar o crime de Madripoor. Aliada por um bom tempo de Silver Samurai, Viper começou sendo inimiga da SHIELD, Nick Fury e Captain America, também enfrentando Daredevil, Spider-Man e Wolverine, além dos Avengers. Com relação a Wolverine, Viper ainda tem outra situação, pois foi oficialmente esposa de Logan por um período, devido a uma promessa feita a uma amiga falecida. A experiência obviamente não deixou de ser turbulenta e terminou tão logo foi possível.

012 – OGUN (NINJA) (primeiro confronto: Kitty Pryde and Wolverine (1984) #3 (janeiro/1985))

Ogun é um ninja e mestre de artes marciais que encontrou Logan pela primeira vez em Xangai, China, durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945). A metrópole chinesa estava ocupada pelos japoneses e Ogun atuava como capitão do Exército Imperial Japonês. Logan era um marinheiro e chamou a atenção de Ogun, que o treinou em artes marciais e técnicas ninja. Já nessa época, ele demonstrava habilidades telepáticas, além de agilidade e reflexos fora do normal, capazes de enfrentar Logan em condições de igualdade e até superioridade. Isso evidenciou que ele poderia ser mutante ou até ter habilidades místicas, mas isso nunca foi esclarecido.

Em algum momento, Ogun saiu das Forças Armadas e se associou à Yakuza, como seu assassino. Também se demonstrou que Ogun tinha taxa de envelhecimento mais lenta, preservando sua condição física. Foi nessa condição que controlou mentalmente Kitty Pryde e a treinou como ninja, para atuar como sua agente assassina. Wolverine então enfrentou seu ex-mestre, terminando com a morte deste. No entanto, a morte demonstrou não ser um impeditivo para Ogun, cuja mente sobreviveu e passou a pular de corpo em corpo, sempre perseguindo Wolverine e/ou Kitty Pryde, buscando vingança.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas referenciadas

[Listas] Principais inimigos de Wolverine – 002

Vamos conferir os principais inimigos de Wolverine. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

005 – SAURON (primeiro confronto: Uncanny X-Men (1963) #115 (novembro/1978 ))

Karl Lykos era o filho de um guia de expedições que foi mordido por pterodáctilos mutantes (!!?) durante a adolescência. A mordida lhe transferiu um tipo de vírus genético derivado da mutação dos pterodáctilos. Esse vírus lhe conferiu inicialmente a capacidade de se alimentar da energia vital de outros seres. Essa habilidade melhorava seu estado físico geral e se tornou viciante. Mesmo assim, continuou estudando, e se tornou médico, geneticista e psicoterapeuta. No entanto, o excesso de energia vital (muitas vezes extraído de seus pacientes) passou a causar sua transformação em um pterodáctilo humanoide. Como Sauron, Lykos mantinha sua inteligência privilegiada, mas mudava de personalidade, se tornando uma criatura sedenta por mais energia e poder.

Sauron e Lykos eventualmente passaram a ter um conflito interno e, como o “jejum” de energia vital faz Sauron regredir a Lykos, este passou a evitar que o processo de transformação ocorresse sempre que possível. Como humano, Lykos inclusive já ajudou vários heróis. No entanto, como Sauron, costuma usar seus poderes e habilidades em esquemas de conquista de poder, com ou sem aliados. Suas habilidades também foram aumentando com o passar do tempo: além da capacidade de voo e da força aumentada, Sauron também possui poderes hipnóticos, pode disparar energia vital pelas mãos e também exala fogo pela boca. Geralmente inimigo dos X-Men, Sauron também enfrentou Wolverine sozinho várias vezes. Também participou de outros grupos de vilões, como Weapon X, Brotherhood of Evil Mutants, Savage Land Mutates e Hellfire Club.

006 – DONALD PIERCE (primeiro confronto: Uncanny X-Men (1963) #132 (abril/1980))

Donald Pierce é proprietário de uma grande empresa de mineração, e também é um grande empresário racista, que odeia não só outras etnias, mas também (e principalmente) mutantes. Sob circunstâncias ainda não reveladas, se transformou em um ciborgue avançado e, nessa condição, se infiltrou no Inner Circle do Hellfire Club (dominado por mutantes), atuando como White Bishop. Pierce pretendia exterminar os mutantes do Hellfire Club quando houvesse oportunidade, mas acabou sendo expulso do grupo após seus planos serem revelados. Pierce então se tornou líder dos Reavers, um grupo de saqueadores ciborgues que atacavam o mundo inteiro, apesar de serem sediados em um deserto australiano. Um grande gênio em cibernética, Pierce pode ter mesclado sua tecnologia à tecnologia extradimensional de Spiral, trazida por Lady Deathstrike para os Reavers. Pierce também se envolveu posteriormente com os Purifiers, do Reverendo Stryker. Além dos níveis de força e imunidade elevados, Pierce também emite choques elétricos e usa outras armas embutidas em seus corpos artificiais. Wolverine enfrentou Pierce várias vezes sozinho e com os X-Men, mas, aparentemente, o vilão foi destruído por Cyclops.

007 – MYSTIQUE (primeiro confronto: Uncanny X-Men (1963) #142 (fevereiro/1981))

Não se sabe qual o nome real de Mystique, embora ela se autorrefira como Raven Darkholme. Da mesma forma, não se sabe qual é sua idade, já que há relatos de suas aventuras desde o início do século 20. Isso se deve a seus poderes: Mystique é uma transmorfa, com controle psíquico total sobre suas células. Originalmente, ela podia apenas mudar de aparência e simular roupas e artefatos usando suas próprias células. Dessa forma, não podia emular poderes de outros seres e nem alterar sua massa corporal. Após exposição a uma radiação desconhecida, seus poderes aumentaram enormemente, e ela passou a ter a habilidade de ter um corpo maleável e desenvolver novos apêndices (como asas e garras) funcionais, além de conseguir alterar sua massa e regenerar partes do corpo. Mais recentemente, após morrer e ser ressuscitada pela organização ninja Hand, desenvolveu a capacidade de ocultar seu cheiro natural. Com tamanho controle sobre suas próprias células, Mystique consegue rejuvenescer suas células, metabolizar venenos, etc.

Todos esses poderes se juntaram a habilidades intelectuais e acrobáticas. Mystique é uma estrategista excelente, além de poliglota. Obviamente que Mystique se envolveria em atividades de espionagem, mas sempre com sua própria agenda. Geralmente inimiga dos X-Men, Mystique já foi “agente secreta” do Professor X por um período, além de ter atuado no X-Factor e liderar a Freedom Force (ex-Brotherhood of Evil Mutants, então atuando para o governo norte-americano), antes de se juntar aos X-Men por um curto período. Mystique é mãe natural de Nightcrawler (de quem herdou a aparência) e mãe adotiva de Rogue. Mystique também foi casada com Professor X (o que pode ter sido apagado da história) e teve um filho com Sabretooth: o humano normal Graydon Creed, que veio a se tornar inimigo ferrenho dos mutantes. Mystique também teve várias aventuras com Wolverine em toda a sua história, que resultaram em um romance mal resolvido – por isso, muitas vezes ela retorna e tenta eliminar Wolverine com alegações motivadas pelo passado atribulado entre os dois.

008 – LORD SHINGEN HARADA (primeiro confronto: Wolverine (1982) #1 (setembro/1982))

Shingen Harada era pai de Mariko Yashida (um dos grandes amores de Wolverine) e também do Silver Samurai original. Um grande chefe da Yakuza (ligado ao tráfico de drogas), teve de mudar de nome depois que desgraçou o nome do clã familiar (que possui ligações com o imperador do Japão). Para saldar uma dívida com a Yakuza, Harada fez com que Mariko se casasse com outro chefe do crime, que a espancava. Isso atraiu a atenção de Wolverine, que enfrentou o marido de Mariko. A ousadia de Wolverine irritou Harada, que o desafiou para um duelo, no qual envenenou o herói para simular sua derrota. Harada então se tornou alvo da vingança de Wolverine na retomada de sua honra, que terminou com a morte do chefe da Yakuza. De fato, Lord Shingen Harada não tinha poderes (embora tenha gerado um filho mutante). Bastante inteligente, tinha bom preparo físico e dominava artes marciais. Harada foi ressuscitado anos depois pela Hand, mas não se sabe se ainda permanece vivo.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas referenciadas

[Listas] Principais inimigos de Wolverine – 001

Vamos conferir os principais inimigos de Wolverine. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

001 – HULK (BANNER) (primeiro confronto: Incredible Hulk (1959) #181 (novembro/1974))

Bruce Banner é um dos maiores gênios científicos do Universo Marvel, mas, essa genialidade acabou sendo usada para pesquisas militares, e Banner desenvolveu uma bomba gama. Após tentar salvar Rick Jones do raio de ação da explosão de bomba, foi irradiado e passou a se transformar no Hulk, uma manifestação física de toda a raiva e frustração que teve desde a infância. E seus poderes aumentam exponencialmente com a fúria. Embora atue a maior parte das vezes do lado dos heróis (é inclusive parceiro de Wolverine nos Avengers, além de ser membro fundador dos Defenders e já ter participado também de Heroes for Hire e Pantheon), a fúria incontrolável do Hulk o levou a enfrentar repetidamente vários heróis, entre eles Wolverine. Aliás, a primeira aparição de Wolverine na história se deu exatamente em um confronto com o Hulk, no Canadá.

002 – WENDIGO (primeiro confronto: Incredible Hulk (1959) #181 (novembro/1974))

A criatura Wendigo representa uma maldição lançada pelos Northern Gods (ou Inua, o panteão dos inuítes [“esquimós”]) para punir aqueles que sucumbiam ao canibalismo em situações de extrema fome, geralmente em invernos pesados no Canadá. Assim sendo, não existe apenas um hospedeiro do Wendigo e podem até mesmo existir vários ao mesmo tempo. No entanto, em determinadas circunstâncias, a transformação de um humano em Wendigo pode curar a maldição de outro. Essa variação mística também acontece quanto a outra característica: assim como outras criaturas místicas do Canadá, os Wendigos são presos magicamente aos limites do país. Porém, sob algumas circunstâncias, eles conseguem ultrapassar os limites para os EUA e outros locais. Essas exceções não possuem uma explicação estabelecida.

Quando transformados, os Wendigos assumem porte avantajado e exibem níveis de força e resistência elevados. Suas garras e dentes também são poderosos, assim como sua cauda, e tudo isso acaba transformando as criaturas em máquinas eficientes de morte e destruição, com alto grau de selvageria e persistência. Também sob circunstâncias indefinidas, os Wendigos pronunciam “wen-di-go” a todo momento, mas em geral apenas emitem rugidos, rosnados e silvos. Não parece haver uma consciência humana por trás dos Wendigos, apenas um pálido resquício, suplantado pelo instinto. O primeiro confronto de Wolverine e Hulk foi “atrapalhado” por um Wendigo e, desde então, Wolverine tem enfrentado várias outras versões da criatura, tanto sozinho quanto como parte dos X-Men. Há um Wendigo (já morto) que chegou a atuar pelo governo canadense, em uma versão da equipe Omega Flight. Não se sabe se esse Wendigo possui consciência humana.

003 – SENTINELS (primeiro confronto: X-Men (1963) #98 (abril/1976))

Os Sentinels são originalmente androides criados por Bolivar Trask para caçar e aprisionar mutantes, eliminando-os se for necessário. Posteriormente surgiram vários outros modelos e aprimoramentos, inclusive híbridos humanos (“Prime Sentinels”) e Sentinels tripuláveis (usados pelo governo norte-americano para proteger os mutantes contra o risco de extinção, e também para mantê-los sob controle). Mesmo atuando seguindo protocolos programados ou atuando independentemente, os Sentinels sempre foram grandes inimigos dos mutantes em geral, e Wolverine já os enfrentou várias vezes, tanto sozinho quanto junto com os X-Men e outros grupos.

Originalmente, os Sentinels são criaturas mecânicas de porte avantajado, com superforça e disparos energéticos, além de capacidade de voo. Muitos possuem armamentos específicos para capturar tipos específicos de mutantes, como redes, dispositivos especiais, gases, etc. Também foram incorporados algoritmos de autoaprendizagem, que permitem que os Sentinels aprendam com os confrontos com seus adversários e compartilhem esse conhecimento com outras unidades, preparando protocolos ainda mais específicos para determinados mutantes isolados. Os Sentinels podem atacar outros superseres dependendo da situação e até mesmo, no futuro alternativo de Days of Future Past, desenvolveram protocolos específicos para superseres, passando a persegui-los e capturá-los em geral.

004 – MAGNETO (primeiro confronto: X-Men (1963) #104 (abril/1977))

O alemão de origem judia Max Einsenhardt é um dos mutantes mais poderosos do Universo Marvel. Mestre supremo do magnetismo, Max sobreviveu aos horrores da Segunda Guerra Mundial e adotou outros nomes, como Magnus e Erik Lehnsherr, para prosseguir em suas atividades. Inicialmente amigo do Charles Xavier (Professor X), ambos divergiam em sua visão sobre o futuro dos mutantes. Para Einsenhardt, os mutantes constituem o próximo estágio evolutivo da humanidade e suplantarão os humanos “normais” – para defender os mutantes e seus pontos de vista, assumiu o codinome de Magneto e iniciou atividades terroristas – nas quais contou várias vezes com a ajuda de seus associados, a Brotherhood of Evil Mutants e, posteriormente, os Acolytes.

Magneto “mudou de lado” algumas vezes, tendo atuado também ao lado dos heróis. Mas suas interpretações da condição sociopolítica dos mutantes não mudaram – podendo-se dizer que elas influenciam suas “mudanças de lado” (faz o que for necessário para seus planos). Magneto também já governou a ilha de Genosha, como uma “nação mutante”, e é pai da X-Men Polaris. Wolverine já enfrentou Magneto várias vezes, sozinho ou com os X-Men e outros grupos, apesar de seu ponto vulnerável: a liga metálica adamantium, que recobre seu esqueleto, sempre o torna sujeito a Magneto. No confronto mais brutal, Magneto extraiu o adamantium do corpo de Wolverine, deixando-o à beira da morte. Por essa razão, sua convivência não é tranquila, nem mesmo quando estão do mesmo lado.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

Revistas referenciadas

Bill Mantlo e sua saga com Doctor Octopus em Peter Parker: the Spectacular Spider-Man (1976) – parte 2

Como vimos na primeira parte deste post, Mantlo desenvolveu uma sequência de 8 histórias centradas na temática de Doctor Octopus na revista Peter Parker: the Spectacular Spider-Man (1976), em uma sequência das edições #72-79 (novembro/1982-junho/1983). Após os eventos que comentamos na primeira parte do post, Spider-Man segue os suspeitos que identificou no julgamento do Boomerang e chega ao Museu Americano de História Natural de Nova York, onde Owl está em reunião com seus capangas… e aparece Doctor Octopus com seus capangas, frustrando uma eventual aliança e dando início a uma guerra entre as duas facções.

Obviamente Spider-Man entra no meio e temos uma sequência de luta no museu, com Octopus se retirando para deixar Owl e Spider-Man se enfrentarem. Owl escapa para empreender seu plano.

Tanto Owl quanto Doctor Octopus querem uma bomba de nêutrons – a bomba em si está em um centro de pesquisa (e é capturada por Owl). Porém, seu acionador está em poder do Kingpin e é capturado por Octopus. Kingpin se vangloria de que Octopus levou uma réplica falsa… só que Black Cat aparece e leva a original.

Black Cat revela que descobriu os planos de Octopus quando foi salva do afogamento por ele, tendo ficado um período sob sua custódia. A intenção do Owl é usar a bomba para chantagear a cidade de Nova York… já Octopus a quer para destruir a cidade e obrigar o país a se submeter a ele. Vemos aí claramente a caracterização “perfeita” de Octopus.

Bem, a sorte de Black Cat acaba rápido, pois Doctor Octopus aparece em seu apartamento para capturá-la, junto com o acionador verdadeiro. Octopus leva Black Cat consigo e vai ao QG do Owl (chamado Aerie) para um confronto final, tentando obter a bomba propriamente dita. Spider-Man vai atrás e aí vemos Doctor Octopus quase matando o Owl e a Black Cat – o que deixa Spider-Man furioso, arrancando os braços mecânicos de Octopus. Pronto… está resolvido o problema da bomba, certo? Não exatamente.

Black Cat ainda se recupera a tempo de impedir que um dos braços arrancados de Octopus pegue o acionador e acople à bomba. Só que os capangas do Owl e de Octopus também tentam impedir que ela consiga isso e a acertam com uma saraivada de disparos e setas. Irado, Spider-Man derrota os capangas e joga os braços de Octopus no Rio Hudson, levando Black Cat desesperadamente para um hospital.

Enquanto Black Cat é atendida e salva da morte no hospital, Octopus tem os braços encontrados e reimplantados e, além disso, aprimorados. Octopus está cego de raiva, jurando vingança contra Black Cat – e ele descobre onde ela está, aparecendo no hospital para ameaçá-la (quase matando-a de novo) e prometendo a Spider-Man que iria voltar em 24 horas para o confronto final.

Black Cat fica sob custódia da comissária de polícia Jean deWolff, amiga de Spidey, e Spider-Man vai se “despedindo” de Tia May e amigos, como se fosse o último dia de sua vida, já decidido de que o confronto com Octopus será o final. Nesse ínterim, ainda se envolve em um confronto com o Gladiator (Melvin Potter), o inimigo regenerado de Daredevil que é forçado por antigos amigos meliantes a enfrentar a polícia. Os dois acabam amigos.

O confronto realmente acontece, com Octopus e Spider-Man se enfrentando (desnecessariamente) dentro do hospital – até que finalmente Spidey resolve levá-lo para fora do prédio, quando o vilão vê o corpo de Black Cat sendo colocado em uma ambulância para fuga. Passa a perseguir a ambulância, com Spider-Man em seu encalço, resultando em um embate derradeiro em um pátio de trens, com Doctor Octopus aparentemente em crise nervosa, literalmente apavorado com a reação de Spider-Man – outra coisa que seria usada posteriormente em outras histórias escritas por outros roteiristas.

Nesse ínterim, vemos Punisher se encontrando com Boomerang na prisão (Punisher havia sido preso algumas histórias antes) e prometendo usar o vilão em sua fuga. Isso fica para as histórias seguintes.

Obviamente que Black Cat sobrevive a tudo isso e começa uma relação intensa, porém atribulada, com Spider-Man – que levará a toda uma interação rocambolesca com Kingpin, que vai acabar separando o casal. Isso deixamos para outro dia.

Como dissemos na primeira parte do post, Mantlo “encasquetou” com Octopus por oito edições, inclusive tratando o cientista vilão como um “Jason” de Friday the 13th (Sexta-Feira 13), que sempre volta da morte, cada vez mais forte.

Embora algumas coisas tenham sido até ingênuas na trama toda (como as sequências de luta no museu e no hospital), a ação e a tensão são frequentes, com o leitor ficando ansioso para saber o que vai acontecer (claro que essa sensação acontece quando se lê tudo numa tacada só… no esquema mensal original, isso deve ter se perdido).

Mantlo explora com maestria a psique de Octopus, que já estava esboçada antes, mas ele parece dar o retoque final para o que seria o padrão do personagem. Você realmente sente a ameaça de um senhor de meia-idade míope e obeso, com quatro braços mecânicos. E o sadismo de Octopus ao dar 24 horas de vida para Spider-Man e Black Cat parece caricato, mas faz realmente parte da grandiloquência do vilão.

Black Cat também tem uma caracterização mais acentuada do que já se conhecia da personagem. Ela fica mais “incontrolável”, se tornando uma verdadeira aventureira irresponsável, arriscando tudo apenas pela adrenalina, embora ainda tenha um “bom coração” (não é o que temos hoje, já que voltou a ser uma vilã… mas ela ficou uns 30 anos assim… hehe).

Mantlo também se livrou da incômoda e cansativa Debra Whitman (criada por Marv Wolfman, que também criou Black Cat), com a incrível “cura” que foi Spider-Man revelando que era mesmo Peter Parker (e ela achou que era mentira!! hehe). Debra reapareceria anos depois, no período em que Spider-Man revelou mesmo sua identidade publicamente, culpando Peter por “enganá-la”.

E sim, como já falamos antes, há várias influências ou referências a Frank Miller nessa sequência, não só na arte de Ed Hannigan e Al Milgrom, mas também em referências no cenário, aparecimento de inimigos de Daredevil em seguida e até mesmo o aparecimento dos “habitantes dos esgotos” que sequestraram Vanessa Fisk, a esposa do Kingpin, na fase Miller de Daredevil. Isso deve ser visto além da “carona na modinha” da época, mas como uma homenagem mesmo ao trabalho do então jovem criador.

Como dissemos na primeira parte do post, essa sequência de Mantlo abordando Octopus é tida como uma das melhores histórias de Mantlo na Marvel e, basicamente, é sua melhor história com Spider-Man. Não era uma das minhas preferidas nas vezes em que li no passado, mas ao reler agora para preparar os posts, confesso que realmente me empolguei com o crescimento da ação e da tensão. Portanto, vale uma conferida – é mais uma daquelas boas histórias sem muito hype, frequentemente esquecida.

Referências

Revistas referidas

Bill Mantlo e sua saga com Doctor Octopus em Peter Parker: the Spectacular Spider-Man (1976) – parte 1

Bill Mantlo foi um dos roteiristas mais versáteis da Marvel nas décadas de 1970/1980, sendo responsável por fases responsáveis em vários títulos. Suas histórias nem sempre eram profundas e tecnicamente impecáveis ou experimentais, mas ele entregava o que o leitor queria: muita ação, tramas criativas com consequências nem sempre óbvias, uma pitada de humor e boa caracterização de personagens, muitas delas marcando os personagens nos anos seguintes. Costumo dizer que Fabian Nicieza e Christos N. Gage são herdeiros desse estilo.

Mantlo também era rápido e prolífico como roteirista, escrevendo simultaneamente várias séries e, invariavelmente, sendo convocado para cobrir atrasos em séries escritas por outros. Assim, com esse perfil, seria inevitável que Mantlo escrevesse histórias de Spider-Man – e ele fez isso em algumas fases nas revistas Marvel Team-Up (1972) e Peter Parker: the Spectacular Spider-Man (1976).

Em Spectacular Spider-Man, Mantlo criou (junto com o desenhista e corroteirista Ed Hannigan) os personagens Cloak and Dagger, que ganharam fôlego próprio com minisséries e séries próprias. E, no final da participação de Hannigan, Mantlo iniciou uma sequência de 8 edições protagonizada por Doctor Octopus. Essa sequência é tida como uma das melhores histórias de Mantlo na Marvel.

Não se definiu ainda quem é o arquirrival máximo de Spider-Man: seria Doctor Octopus ou Green Goblin (Norman Osborn)? É difícil dizer, pois já houve batalhas épicas entre esses vilões e o herói, mas apenas Doctor Octopus já foi Spider-Man – sim, a mente de Octopus já ocupou o corpo de Peter Parker lá na fase de Superior Spider-Man, e quis ser “mais perfeito” que o Spider-Man original.

E muitos elementos que se tornaram identificatórios de Doctor Octopus foram explorados por Mantlo nessa sequência, que foi o grande “estudo” do personagem por parte do roteirista. Lá estão escancarados o desprezo, a impiedade, a grandiloquência, o sadismo, a obsessão com a superioridade e a ânsia pelo poder a qualquer custo de Doctor Octopus – e muitos fãs apontam essa sequência como sendo memorável no que se refere ao vilão.

Essa sequência de 8 partes ocorreu nas edições #72-79 (novembro/1982-junho/1983) e começou com uma história diferente, que deu origem a outro personagem. A edição #72 representa a última desenhada por Ed Hannigan, que já divide a edição com o desenhista seguinte, Al Milgrom. Hannigan continuaria fazendo as capas, mas tinha instituído um estilo “Milleriano” no traço, que foi mantido por Milgrom. Por “Milleriano” entenda-se que emulava o traço de Frank Miller, que fazia sucesso em Daredevil na mesma época.

Nesse contexto, começamos com a introdução do “Kid Octopus”, um adolescente obeso, mimado e nerd, gênio precoce, que resolveu fundar um fã-clube de vilões. Ollie Osnick (repetindo a aliteração do Octopus original, Otto Octavius) desenvolve até mesmo uma versão simplificada dos braços mecânicos de Octopus e, magoado pelos amigos, foge de casa para realizar “crimes nerds”, roubando gibis e brinquedos. O problema é que Doctor Octopus havia fugido da prisão, e Spider-Man e a polícia estavam de prontidão, esperando o vilão aparecer – desnecessário dizer que Osnick foi confundido com o vilão. No final das contas, o mal-entendido é resolvido e Osnick passa a ser fã de Spider-Man – ele voltaria no futuro como Spider-Kid (ainda trapalhão) e Steel Spider, já como adulto.

Peter Parker já estava com outro problema na época: sua namorada da época, Debra Whitman, estava tendo um ataque nervoso, achando que estava enlouquecendo ao desconfiar que Peter era Spider-Man. A resolução dessa trama acontece nessa sequência de histórias também, terminando com a “cura” da coitada, que deixa a vida de Peter para tentar resolver a questão de seu primeiro casamento. Isso abre espaço para Peter Parker assumir sua paixão por Felicia Hardy, a vilã/heroína Black Cat (que “volta da morte” nessa sequência – explica-se como ela se salvou de um afogamento). E essa paixão fica até meio exagerada, pois até então nada passava de apenas um flerte – será que a tensão emocional de Peter com toda a história de Debra Whitman, além dos problemas pessoais com a faculdade, o trabalho e a tia May, que está transformando sua casa em uma casa de repouso tem a ver? É o que Mantlo dá a entender, já que Peter passa a agir de forma mais arrogante e autoconfiante após “oficializar” sua relação com Black Cat.

Aliás, Black Cat assume uma importância enorme nessa sequência de histórias a partir da edição #73. Que começa com uma sobra de um plot anterior da dupla Mantlo/Hannigan: quando o vilão Boomerang foi contratado pelo chefe do crime Kingpin para matar Spider-Man. Obviamente, Boomerang foi impedido e acabou preso e temos o julgamento do vilão, coberto pelo fotógrafo de jornal Peter Parker. Boomerang tenta escapar, no que é impedido prontamente por Spider-Man, que sente seu “sentido de aranha” tilintar com relação a outros sujeitos presentes no tribunal. Como sempre, Spidey coloca um rastreador nos sujeitos para segui-los depois.

E aí chegamos ao que interessa: Boomerang seria resgatado por capangas de outro chefe do crime, o Owl. Owl queria contratar o assassino para se tornar seu agente, além de fornecer segredos do Kingpin. O objetivo era usá-lo para desestabilizar o controle do submundo por parte do Kingpin, que já estava sendo abalado nas aventuras de Daredevil produzidas por Frank Miller (mais uma ligação, dentre várias que são vistas nessa sequência de histórias, além do estilo do traço). O problema é que Doctor Octopus também queria a mesma coisa.

Vamos ver como isso se desenvolve, o envolvimento de Black Cat e a atuação de Spider-Man na segunda parte deste post.

Fontes:

Revistas referidas

[Listas] Principais inimigos do Fantastic Four – 012

Vamos conferir os principais inimigos de Fantastic Four. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

045 – ONSLAUGHT (primeiro confronto: Fantastic Four (1961) #414 (julho/1996))

Onslaught é um dos vilões mais poderosos do Universo Marvel, mas sua origem vem de um dos heróis. Há muito tempo, Professor X (Charles Xavier), fundador e líder dos X-Men, vinha manifestando uma personalidade sombria (chamada Dark Xavier ou Entity) em momentos de grande fadiga após estresses traumáticos. Embora não fosse uma ameaça constante e/ou recorrente, essa personalidade criou problemas para X-Men e Micronauts. Desconfia-se que essa “sombra psíquica” era uma sequela de um confronto de Xavier com o Shadow King, outro grande vilão composto apenas de energia psíquica.

De qualquer forma, essa personalidade se juntou à “maldade” de Magneto, quando Professor X desligou a mente do vilão, deixando-o catatônico. Essa essência maligna contaminou o subconsciente de Xavier e se somou a essa personalidade reprimida, aumentando seus poderes. Assim nasceu Onslaught, inicialmente uma manifestação de Professor X e depois assumindo existência própria. O objetivo inicial de Onslaught era fomentar a guerra entre mutantes e humanos, mas isso evoluiu para erradicação completa da humanidade (inclusive os mutantes). Com poderes psiônicos e magnéticos imensos, também podendo alterar seu tamanho, Onslaught pode ser reformado depois de destruído e, mais recentemente, junto com o Red Skull, formou uma nova ameaça – Red Onslaught.

046 – RUINED (primeiro confronto: Fantastic Four (1998 ) #1 (janeiro/1998 ))

Ainda há muito a ser revelado sobre os Ruined, mas sabe-se que eles foram exilados em outra dimensão milênios atrás, com seu principal portal ficando oculto nas catacumbas de Paris. Tecnicamente, eles ainda não podem sair de lá, mas conseguem observar a realidade 616 e podem “possuir” corpos, transformando-os para operacionalizar seus poderes, assim atuando remotamente na principal realidade do Multiverso Marvel. Também existe o detalhe de que, quando fazem contato, sua dimensão vai lentamente se expandindo sobre a 616, aumentando seu poder concomitantemente. Oficialmente, o objetivo dos Ruined é combater a tecnologia, preservando itens de importância história e natural, mas, na verdade, querem se libertar de seu exílio e conquistar a realidade. Há vários membros do grupo, com poderes variados. Após três encontros com o Fantastic Four, os Ruined não retornaram mais, mas muitas pontas soltas ficaram em aberto.

047 – ABRAXAS (primeiro confronto: Fantastic Four (1998 ) Annual 2001 (setembro/2001))

Abraxas é uma entidade cósmica que representa a entropia multiversal – ou seja, seu objetivo é destruir o multiverso. Gerado no seio da própria Eternity (a corporificação de um universo), Abraxas é sempre “neutralizado” quando Eternity cria sua antítese: Galactus – enquanto Galactus existir, Abraxas fica contido. No entanto, houve um período em que Galactus-616 morreu, permitindo, portanto, que Abraxas surgisse. Aproveitando a oportunidade, Abraxas iniciou uma campanha de assassinato de contrapartes de Galactus em outras realidades, reforçando-se com cada morte. A ameaça multiversal chamou a atenção do Fantastic Four-616, manipulando-o para que lhe entregassem o “Ultimate Nullifier” (o dispositivo que afugentou Galactus da Terra em sua primeira tentativa de destruição do planeta). O objetivo era usar o dispositivo em sua campanha de assassinatos até ter poder suficiente para destruir o multiverso. Franklin e Valeria Richards (então adolescente, de um futuro alternativo, e conhecida como Marvel Girl) usaram seus poderes e reviveram Galactus-616, que se envolveu em combate com Abraxas, recuperando o Ultimate Nullifier, que foi usado por Reed Richards (Mister Fantastic) para “resetar” a realidade. Reconfigurada, a realidade-616 agora nunca tinha tido um Abraxas, Galactus permanecia vivo e Valeria voltou ao ventre de Invisible Woman (originalmente, a gravidez de Valeria foi interrompida na realidade-616 devido ao excesso de radiação cósmica). Como Abraxas é uma entidade cósmica “conceitual” (e quase onipotente), nada garante que não seja formado novamente na próxima vez em que Galactus morrer.

048 – QUIET MAN (“EDEN”) (primeiro confronto: Fantastic Four (2014) #5 (julho/2014))

Não se conhece o verdadeiro nome do Quiet Man – ele mesmo alega ter se esquecido. Mas sabe-se que ele era um aluno promissor da Columbia University, que se apaixonou pela jovem Sue Storm, que preferiu o amor de Reed Richards. Isso criou uma inimizade muito grande, com o futuro Quiet Man se isolando do mundo e jurando “vingança”. Passou a atuar nas sombras e a criar uma enorme fortuna sob nomes falsos. Um cientista brilhante e com domínio em várias áreas (como Richards), Quiet Man logo desenvolveu uma nanotecnologia capaz de alterar completamente sua aparência e outras características físicas – a partir daí, ele passou a matar concorrentes e assumir seu lugar, para concretizar seus objetivos. Foi assim que chegou a se tornar John Eden. O Eden “verdadeiro” era um filantropo que resolveu criar uma comunidade científica ecossustentável, para a qual Reed Richards passou a trabalhar em certa altura.

Quiet Man alega ter sido responsável por vários revezes que ocorreram em toda a cronologia do Fantastic Four, principalmente pela onda de desastres que aconteceu mais no final da carreira da equipe e teve como consequência o fato de Richards trabalhar para “Eden”. Sentindo que o momento da vitória final estava próximo, Quiet Man se revelou e contou toda a sua trajetória para Richards. No entanto, quando seu aliado, o Psycho-Man se rebelou e assumiu o controle da situação, Quiet Man se juntou a Richards para derrotá-lo. Resolvido o problema, Quiet Man fugiu usando sua capacidade de reconstrução facial, estando aguardando a próxima oportunidade. Afora essa nanotecnologia, Quiet Man não tem nenhum superpoder a não ser seu superintelecto.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

[Listas] Principais inimigos do Fantastic Four – 011

Vamos conferir os principais inimigos de Fantastic Four. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

041 – ARON THE ROGUE WATCHER (primeiro confronto: Fantastic Four (1961) #328 (julho/1989))

Aron é membro da espécie dos watchers (à qual também pertencia Uatu, o Watcher que observava a Terra). Os watchers são uma das civilizações mais avançadas do universo, mas juraram não interferir mais em outras civilizações depois de um grande desastre que protagonizaram. Desde então, os watchers se dedicam a registrar a história do multiverso (com seus próprios poderes e tecnologia avançada, conseguem observar inúmeras realidades ao mesmo tempo), embora alguns infrinjam essa regra algumas vezes, como Uatu já fez com os heróis da Terra. Já Aron decidiu renegar por completo esse juramento, e passou a atuar com uma agenda própria. Um grande manipulador e instigador de eventos, nem sempre claros e evidentes, Aron já enfrentou várias vezes o Fantastic Four, inclusive criando clones dos heróis para atuarem sob suas ordens. Uma das grandes rivalidades de Aron é com a espécie dos celestials, que semeia a vida pelo cosmo – e, para encarar esses rivais, Aron não mede esforços, inclusive arriscando planetas e civilizações, como a Terra. Além dos poderes psiônicos e de manipulação de energia cósmica e dos recursos tecnológicos avançados usuais dos watchers, Aron também tem um grande intelecto acima do normal e desenvolveu uma armadura que lhe torna “invisível” a outros watchers.

042 – PAIBOK THE POWER-SKRULL (primeiro confronto: Fantastic Four (1961) #358 (novembro/1991))

Paibok é um oficial militar skrull, que também já foi um experiente espião. Ex-amante de Lyja (a skrull que personificou Alicia Masters e se casou com Human Torch (Johnny Storm) por um tempo), Paibok foi um dos mentores do grande esquema de infiltração dos skrulls no Fantastic Four, usando Lyja como cabeça-de-ponte. Enquanto Lyja emulava Alicia, Paibok mantinha Alicia Masters sob seu controle no Império Skrull. Também nesse período, Paibok se submeteu a um programa de implante de poderes semelhante ao do Super-Skrull, tornando-se o Power-Skrull. No entanto, seus poderes não são os mesmos do Super-Skrull (no caso, do Fantastic Four) – seus poderes incluem superforça, voo, transformação de sua pele em uma substância semelhante a aço e capacidade de disparos de bioeletricidade e frio em zero absoluto. Some-se a isso suas habilidades transmorfas e hipnotizantes próprias de sua espécie. Um hábil estrategista militar, Paibok enfrentou o Fantastic Four também em outras oportunidades com uma “equipe” chamada Fearsome Foursome.

043 – DEVOS THE DEVASTATOR (primeiro confronto: Fantastic Four (1961) #359 (dezembro/1991)

Devos é um vigilante extraterrestre dedicado a promover a paz no universo, só que, para isso, ele elimina qualquer um que julgue ser capaz de causar guerra – ou seja, qualquer criatura pode ser alvo de sua ação, sem motivo imediato aparente. Desconhecem-se completamente a origem de Devos e qual é sua aparência sob sua superarmadura, mas aparentemente essa superarmadura é a base de todos os seus poderes, incluindo superforça, quase invulnerabilidade e vários armamentos e outros recursos tecnológicos. Devos também utiliza um cruzador espacial, e vários robôs que atuam em sua manutenção e como servos/assistentes. Devos não hesita em usar aliados para seus objetivos, mesmo sendo capaz de traí-los a qualquer momento, pois sua missão deturpada é a principal motivação de sua atuação. Nesse contexto, Devos já foi aliado de Paibok, inclusive na associação chamada Fearsome Foursome. Por fim, com atuação em todo o universo conhecido, Devos tem sido incriminado inclusive em fomentar guerras civis, alegando que isso evitará uma “guerra maior”.

044 – HYPERSTORM (primeiro confronto: Fantastic Four (1961) #406 (novembro/1995))

O mutante Jonathan Richards é filho de Franklin Richards (filho de Mister Fantastic e Invisible Woman) e Rachel Summers (filha de Cyclops e Jean Grey) em um futuro alternativo de outro futuro alternativo – o de Days of Future Past (Realidade-967). Lá, após atingir a idade adulta e desenvolver seus poderes quase onipotentes (poderes psiônicos de alta intensidade e “dinamocinese”, controle molecular dos quatro elementos básicos do universo: fogo, ar, água e terra), assumiu o codinome Hyperstorm e passou a conquistar a Terra e todos os planetas habitados de sua realidade, tornando-se um déspota universal. Em certa altura, Hyperstorm passou a cobiçar outras realidades e linhas temporais, usando seus antepassados (Fantastic Four) como foco de suas manipulações no espaço-tempo. Hyperstorm inclusive “falseou” a morte de Doctor Doom e Mister Fantastic na Realidade-616 (a realidade “básica” da Marvel), manipulando os eventos dessa realidade em seu interesse. Depois do resgate de Mister Fantastic, o Fantastic Four trouxe Galactus para enfrentar Hyperstorm em seu “confronto final”, com os dois seres se perdendo em um vórtice extradimensional. Galactus retornou desse vórtice, Hyperstorm ainda não, tendo seu paradeiro desconhecido desde então.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

[Listas] Principais inimigos do Fantastic Four – 010

Vamos conferir os principais inimigos de Fantastic Four. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

037 – TERMINUS (primeiro confronto: Fantastic Four (1984) #269 (agosto/1984))

Não há um único “Terminus”, mas sim “termini” (muitos indivíduos). Trata-se de uma forma de vida alienígena resultante de engenharia genética. Seus criadores foram a raça Terminex, que entrou em conflito com os Celestials (uma das raças mais antigas do universo) e foi exterminada. No entanto, antes de sua extinção, os Terminex prepararam sua vingança, ao criarem os termini – cuja missão primordial é destruir os Celestials, ao devastarem os planetas que sofreram sua influência.

Existem cinco estágios de termini: estágio 1 – microscópico, é ingerido pelas formas de vida de um planeta-alvo; estágio 2 – desenvolvido dentro das formas de vida superiores, torna-se uma versão “metálica” desses seres; estágio 3 – após consumo de metais e materiais radioativos, torna-se um ser gigante com armadura (é esse estágio que costuma enfrentar os Avengers, Fantastic Four e outros heróis); estágio 4 – fusão de vários termini do estágio 3; estágio 5 – um Terminus do estágio 4 ingere outro do mesmo estágio (isso é muito raro). O equipamento tecnológico usado por Terminus é provavelmente de origem biotecnológica, sendo parte de sua evolução programada e de seu ciclo de vida.

038 – NATHANIEL RICHARDS (PAI) (primeiro confronto: Fantastic Four (1984) #272 (novembro/1984))

Trata-se do primeiro Nathaniel Richards, que é pai de Reed Richards (Mister Fantastic) – lembrando que Kang e todas as suas contrapartes temporais também se chamam Nathaniel Richards. Na verdade, estabeleceu-se que Kang é um descendente de Nathaniel (e, portanto, também de Reed). Nathaniel também é pai da guerreira extradimensional Huntara e, suspeita-se, de Kristoff Vernard! Também se deve lembrar que Nathaniel também é um gênio científico e foi o inventor da “plataforma temporal” (depois aprimorada por Doctor Doom). Não bastasse isso, Nathaniel também foi um agente da SHIELD nos anos 1950, junto com Howard Stark (pai adotivo de Tony Stark). Em certo momento, porém, Nathaniel abandonou tudo (inclusive a família e o pequeno Reed) e se tornou um explorador temporal e interdimensional. Nessas viagens, chegou até a se tornar soberano em um presente alternativo, onde constituiu outra família.

Nathaniel Richards passou a aparecer no presente e em sua realidade de origem, com os mais variados objetivos e várias razões. Apesar de todo esse histórico de cientista, Nathaniel Richards não é um exemplo de retidão, sendo um grande esquematizador e manipulador pragmático dos fatos, sendo muitas vezes o instrumento de grandes ameaças e situações perigosas para o Fantastic Four. Mesmo assim, Nathaniel Richards é visto como aliado do Fantastic Four, pois também já ajudou e cooperou em várias situações – no entanto, é sempre visto com reservas, sempre com atenção a todas as possibilidades que suas ações podem causar. Nathaniel Richards continua com suas viagens extratemporais e extradimensionais na maior parte do tempo.

039 – MEPHISTO (primeiro confronto: Fantastic Four (1961) #276 (março/1985))

Mephisto é um demônio e, como tal, pouca coisa pode ser tida como verdade absoluta. Em alguns momentos da cronologia Marvel, Mephisto foi identificado como o próprio Diabo. Em outras, foi identificado como uma das acepções do Diabo. E, ainda em outras, foi identificado como um dos Lordes do Inferno que disputam o poder entre eles. E ainda podem existir outras versões. O fato é que Mephisto é uma grande pedra no sapato de todo o Universo Marvel, já tendo tentado e ameaçado vários heróis, e muitos deles por mais de uma vez.

O que mais incomoda Mephisto é a pureza, a nobreza de espírito e o amor verdadeiro e incondicional. Por isso, vários heróis foram vítimas de seus ataques, e os Avengers não poderiam escapar disso. Com relação ao Fantastic Four, Mephisto se envolveu em vários esquemas, principalmente envolvendo os filhos do casal Richards: Franklin e Valeria. Considerando que grupos de heróis envolvem vários caráteres e personalidades, não é fácil apontar interesses diretos de Mephisto, com a situação mais comum sendo o envolvimento do grupo dentro de maquinações de Mephisto para outros fins.

040 – MALICE THE MISTRESS OF HATE – (primeiro confronto: Fantastic Four (1961) #280 (julho/1985))

Há 4 Malices no Universo Marvel, mas, referindo-se ao Fantastic Four, trata-se de uma “entidade” que pode assumir o controle de Sue Richards, a Invisible Woman. Na verdade, essa “entidade” é seu próprio “aspecto negativo” (concentrando estresse, ressentimento, depressão, ódio, etc.) que algumas vezes assume o controle sobre sua mente e corpo. Malice foi “criada” com estímulo do Psycho-Man, logo depois que Sue perdeu a segunda gestação (essa gestação foi “corrigida” posteriormente por Franklin Richards, causando o nascimento de sua irmã, Valeria – a persona de Malice, porém, continuou existindo). Mesmo sendo contida após sua primeira manifestação, Malice sempre continuou espreitando a mente de Sue e vindo à tona de tempos em tempos. Mesmo depois de ter sido aparentemente destruída, retornou. Malice reforça os aspectos negativos da psique de Sue Richards e possui um domínio mais agressivo e avançado dos poderes de Invisible Woman, inclusive usando campos de força para criar espinhos pontiagudos e um aumento de força com o auxílio de campos de força reforçados.

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe

[Listas] Principais inimigos do Fantastic Four – 009

Vamos conferir os principais inimigos de Fantastic Four. Vamos nos concentrar naqueles que já apareceram no mínimo 3 vezes ou tiveram alguma relevância maior.

033 – TERRAX (primeiro confronto: Fantastic Four (1961) #211 (outubro/1979))

Tyros era o tirano sanguinário da Cidade-Estado de Lanlak, no planetoide Birj – controlando e humilhando seu povo com poderes de manipulação de rochas. Por ser totalmente amoral e desprovido de culpa, Galactus o escolheu para ser seu novo arauto, mesmo sem ele saber. Quando o Fantastic Four procurou Galactus para que este o ajudasse a enfrentar o poderoso inimigo Sphinx, Galactus incumbiu os heróis de derrotarem Tyros e trazê-lo para ser transformado em arauto. Com a missão cumprida, Tyros foi transformado em Terrax, um arauto rochoso, com o poder de controlar rochas e minerais em escala planetária, com o auxílio de seu machado.

Terrax revelou ser um dos arautos mais rebeldes de Galactus, desafiando-o desde sua transformação. Maligno e cruel em seu ser, tanto fez que teve seus poderes retirados, Doctor Doom conseguiu restaurar uma parte de seus poderes, o que não impediu a morte de Terrax. O ex-arauto descobriu que podia ser reformado a partir de fragmentos do solo, e assim retornou à vida, até ser destruído pela Phoenix Force. O Terrax atualmente em ação no Universo Marvel veio de outra realidade.

034 – KRISTOFF VERNARD (primeiro confronto: Fantastic Four (1961) #247 (outubro/1982))

Houve um período em que Doctor Doom foi deposto do trono da Latveria – o usurpador se chamava Zorba, e Doom se envolveu em uma guerra pessoal para retomar o trono. No cenário de guerra, Doom se deparou conversando com Kristoff Vernard e sua mãe, dois camponeses que ansiavam pela volta do tirano ao poder. Enquanto conversavam, as forças de Zorba mataram a mãe de Kristoff e, assim, Doom adotou o garoto como seu herdeiro, prometendo vingar a morte da mãe. Doom derrotou Zorba e retomou seu trono, mas, não muito tempo depois, Doom foi dado como morto em um incidente com Terrax e seus servos-robôs (os Doombots) resolveram retomar sua programação básica: um deles se tornaria o novo Doom. No entanto, como a morte de Doom parecia incontestável, a escolha recaiu sobre o garoto Kristoff, que recebeu então implantes mentais do intelecto e dos padrões mentais de Doom (estes últimos ficaram incompletos). Dessa forma, Kristoff passou a acreditar que era Doctor Doom e atuar como o mesmo, enfrentando vários heróis.

Eventualmente o verdadeiro Doom retornou e desprogramou Kristoff, que, no entanto, reteve o intelecto e se tornou um garoto prodígio, inclusive interagindo amistosamente com o Fantastic Four. Mas a personalidade de Doom deixou sequelas e o garoto, agora adolescente, passou a atuar ora como herói, ora como vilão. A influência mental de Doom também conferiu arrogância e altivez à personalidade do garoto, que tem toda a tecnologia de Doctor Doom a seu alcance.

035 – BEYONDER (primeiro confronto: Secret Wars (1984) #1 (maio/1984))

O Beyonder é uma dimensão consciente corporificada. Posteriormente, revelou-se que ele era um cosmic cube imaturo (cosmic cubes seriam dimensões compactadas em cubos). Há um relato de que ele seria um inhuman mutante, mas isso pode ter sido um despiste – ou ele pode até mesmo ter se transformado nisso para “viver a situação” (isso foi desmentido recentemente, já que outros Beyonders se revelaram). O fato é que sendo toda uma realidade, o Beyonder é virtualmente onipotente. Nessa condição, ele foi responsável pela criação do Molecule Man (que absorveu uma parte de seu poder). Aliás, a criação do Molecule Man pode ter despertado a consciência naquele que seria o Beyonder. A partir daí, fazendo contato com a realidade-616, Beyonder se tornou curioso e quis entender a nova realidade e as emoções humanas. Com isso, realizou “experiências” com o que é conhecido hoje por Secret Wars e Secret Wars II. Foi a partir daí que passou a enfrentar os Avengers, entre outros heróis e vilões, embora não se possa dizer que Beyonder seja maligno – apenas é “inexperiente”, embora com quase onipotência. Posteriormente, Beyonder teve várias outras aventuras na realidade-616, em sua jornada para se tornar um cosmic cube.

036 – KANG (primeiro confronto: Secret Wars (1984) #1 (maio/1984))

Nathaniel Richards vem do século 30 (especula-se que da Realidade-6311 ou Other Earth). Um estudioso de História, Richards descobriu a tecnologia de viagem temporal de Doctor Doom. Aliás, descobriu-se posteriormente que ele era descendente tanto de Doctor Doom quanto do Mister Fantastic (Reed Richards). De qualquer forma, esse Richards voltou no tempo, até a antiguidade egípcia, quando se tornou Rama-Tut, um faraó que dominou os egípcios com sua tecnologia futurista. Depois de anos nesse período (inclusive encontrando heróis perdidos no tempo), Richards tentou voltar à sua era, mas acabou chegando ao século 40. Com a tecnologia hiperavançada dessa época, acabou explorando outras realidades, como o primeiro Scarlet Centurion. Só depois de conseguir voltar para seu ponto de origem é que decidiu conquistar sua era – assumindo a identidade de Kang the Conqueror. Com o esgotamento de recursos, o imperador Kang resolveu conquistar outras eras, criando um império temporal – intento sempre impedido pelos Avengers.

Kang se tornou uma grande ameaça por causa de sua tecnologia inimaginável e do controle absoluto do tempo. Além disso, existe mais de um Kang, pois, devido às suas viagens constantes pelo tempo, ele vai criando realidades alternativas. Assim, existe um Council of Kangs, um conselho de vários Kangs alternativos. Para confundir ainda mais, Kang ainda possui outras contrapartes, como Victor Timely, Mister Gryphon, Iron Lad (versão adolescente, que se tornou fundador dos Young Avengers) e Immortus, uma versão imortal que governa o Limbo (temporal) e que se tornou outro grande inimigo dos Avengers e do próprio Kang!

Fontes:

Official Handbook of Marvel Universe